O comércio internacional de todas as espécies de pangolins, um mamífero ameaçado de extinção, foi proibido esta quarta-feira pelo comité da Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies Ameaçadas (CITES), em Joanesburgo, na África do Sul.
“O comité aceitou que todas as espécies de pangolins – africanos e asiáticos – sejam inscritos no anexo I” da convenção, que proíbe o comércio de espécies ameaçadas, foi divulgado ontem na conta oficial da CITES no Twitter.
Até agora, o comércio das oito espécies conhecidas deste mamífero que vive em África e no sudeste asiático era legal, mas regulamentada.
.@CITES #CoP17 agrees in Committee to move all 8 species of#pangolins, the most trafficked mammal, in Appendix I for stronger protection
O mamífero mais traficado em todo o mundo é um animal típico de regiões da África e da Ásia, de hábitos noturnos e solitários, que costuma enrolar-se sobre o próprio corpo quando se sente ameaçado.
“Esta é uma grande vitória e uma rara boa notícia para uma das espécies mais ameaçadas do mundo”, disse Ginette Hemley, a chefe da delegação da organização mundial de proteção da natureza WWF.
Segundo a conservacionista, “isso conclui as questões sobre a legalidade do comércio, fazendo com que o tráfico seja mais difícil“, apelando aos 182 Estados-membros da Convenção a “implementar rapidamente a decisão”.
A carne delicada, os ossos e os órgãos do pangolim são populares entre os chineses e vietnamitas.
Curandeiros também usam as suas escamas de queratina – o mesmo material do chifre de rinoceronte — como componente terapêutico. Na cultura tradicional africana, o mamífero também é conhecido por afastar o mau-olhado.
A reprodução destes mamíferos é também muito difícil.
/Lusa
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