segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Detenção: Ex-diretor da Segurança Social detido em fraude de 15 milhões levado pela PJ Leia mais: Ex-diretor da Segurança Social detido em fraude de 15 milhões levado pela PJ

Dois advogados, entre eles um ex-diretor da Segurança Social de Braga, estão entre os oito detidos de uma grande operação da PJ de Braga, por suspeita de fraudes fiscais. Um dos advogados foi levado após as buscas.

Um dos detidos é o advogado Fernando Costa Salgado, ex-diretor da delegação de Braga do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, professor universitário e antigo dirigente da Concelhia do PS de Famalicão. Também detido na operação foi o advogado Ernesto Salgado.

As buscas no escritório de Costa Salgado terminaram cerca das 16 horas, com o advogado a sair do edifício num carro da Polícia Judiciária.

Na manhã desta segunda-feira, a PJ avançou com cerca de uma centena de buscas, em vários pontos do país, incluindo nas ilhas, numa investigação que aponta para uma fraude na ordem dos 15 milhões de euros.

Há suspeitas de crimes de associação criminosa, fraude fiscal qualificada, burla tributária contra a Segurança Social, burla qualificada, insolvência dolosa, corrupção e branqueamento de capitais.

"Até ao momento foram já apurados prejuízos para o Estado, em sede de IVA, IRC e contribuições para a Segurança Social, estimados em mais de 15 milhões de euros", adiantou um comunicado da PJ.

A PJ confirmou que foram cumpridos oito mandados de detenção, numa operação que envolve elementos da Polícia Judiciária das Diretorias do Norte e do Centro e dos departamentos do Funchal, Leiria e Vila Real, além da Autoridade Tributária e Finanças.

Os detidos são sete homens e uma mulher, entre os quais dois advogados, três técnicos oficiais de contas, dois empresários e um empregado de escritório. Foram ainda constituídas arguidas cerca de 20 pessoas, singulares e coletivas.

Fernando Costa Salgado já tinha sido condenado, em 2011, a quatro anos de prisão efetiva, por crime de peculato, por desvio de 187 mil euros que seriam destinados ao pagamento de uma dívida à Segurança Social. Este processo ainda está em recurso, no Tribunal Constitucional.


Fonte:JN

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