A FDA – Food and Drug Administration –, agência americana que regula medicamentos e alimentos, aprovou a realização de um estudo sobre a eficácia do ecstasy – uma droga que dá a quem usa a sensação de felicidade e que é, na sua maioria, apresentada sobre a forma de um comprimido colorido – para tratar pessoas com stress pós traumático.
A aprovação deste estudo de grande escala pode resultar no uso da substância como medicamento e, se o estudo for bem sucedido, o ecstasy poderá ser disponibilizado publicamente para uso médico em 2021, como reporta o New York Times.
Financiado pela Associação Multidisciplinar de Estudos Psicadélicos (Maps, na sigla em inglês), ONG criada em 1985 que luta pelo uso médico de drogas consideradas ilícitas como MDMA, LSD e canábis, o estudo terá cerca de 230 pacientes envolvidos.
A Maps já subsidiou seis outros estudos sobre este assunto, com um total de 130 pacientes. E num deles 66% dos participantes ficaram livres da doença. Outro estudo mostrou a redução dos sintomas de stress pós-traumático em 56% dos pacientes.
Michael C. Mithoefer, psiquiatra responsável pela pesquisa, disse ao jornal americano que acredita que o ecstasy “funciona como um catalisador que acelera o processo natural de cura”, algo que também se pode fazer com a psicoterapia tradicional mas que pode demorar anos.
Na proposta dos investigadores para aprovação da FDA, a droga seria “usada um número limitado de vezes na presença de psicoterapeutas treinados como parte de um curso mais amplo de terapia”.
No entanto, mesmo em circunstâncias controladas, o grande receio é em relação à possibilidade de uso recreativo ilegal do esctasy.
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