Uma falha no sistema eléctrico motivada pela falta de combustível é a explicação mais provável para a queda do avião que matou grande parte da equipa de futebol da Chapecoense, a grande sensação do momento no Brasil.
Apenas três atletas da Associação Chapecoense de Futebol (ACF) sobreviveram. Um deles perdeu a perna e o outro pode ficar paraplégico.
As causas do acidente estão ainda a ser investigadas. A Aeronáutica Civil da Colômbia, onde ocorreu a queda, perto de Medellín, já encontraram as duas caixas negras do avião que permitirão chegar a dados mais concretos sobre o que motivou a tragédia.
Um dos seis sobreviventes do acidente, um elemento da tripulação, relatou que houve uma falha eléctrica repentina nos instantes anteriores à queda, conforme refere o jornal Folha de S. Paulo.
Este dado indicia uma “falta de combustível e desligamento dos motores”, sustentam especialistas consultados pelo jornal brasileiro.
A mesma ideia é reforçada pelo piloto de outro avião, que estaria próximo do aparelho que caiu. De acordo com esta fonte, conforme sustenta o Folha de S. Paulo, o piloto da aeronave que levava a Chapecoense terá pedido para aterrar de emergência porque teria pouco combustível.
Mas a torre de controle teve que protelar a aterragem, porque haveria outro avião com problemas.
Jogador tem perna amputada, outro pode ficar paraplégico
Entretanto, o mundo do futebol, e não só, homenageia as vítimas da equipa de futebol que morreu quase por completo. Dos atletas que seguiam no avião, apenas sobreviveram três jogadores, respectivamente, Alan Ruschel, Jackson Ragnar Follmann e Hélio Hermito Zampier Neto, segundo o Folha.
Mas o defesa lateral Ruschel corre o risco de ficar paraplégico e o guarda-redes Jackson Follman ficou sem uma perna e está em estado crítico, de acordo com o mesmo jornal.
Entre os sobreviventes estão ainda o jornalista Rafael Henzel Valmorbida e os elementos da tripulação Ximena Suárez e Erwin Tumir.
Argentina oferece jogadores
Comovidos com a tragédia, milhares de pessoas concentraram-se na catedral e encheram o estádio de Chapecó, no Brasil, para o velório das 71 vítimas mortais do acidente.
Residentes inconformados da cidade brasileira, que tem cerca de 200 mil habitantes, vagueavam na terça-feira pelas ruas à volta do estádio, em silêncio.
Entretanto, a Associação de Futebol da Argentina (AFA), em conjunto com os clubes que a integram, pôs à disposição do clube brasileiro Chapecoense jogadores que possam “contribuir para a reconstrução” do seu plantel, lamentando a “tragédia irreparável, que exige a solidariedade das Federações irmãs”.
A Chapecoense, que atravessava a melhor época da sua história, ia disputar, nesta quarta-feira, o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional.
Papa e Guns N’Roses juntam-se às homenagens
As homenagens à equipa sucedem-se, desde grandes figuras do futebol como Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, passando pelo Papa e chegando a bandas como os Megadeth e os Guns N’ Roses.
https://twitter.com/br_uk/status/803917340928831488
Jornal argentino homenageia Chapecoense em sua capa bit.ly/2fKUq0w#ForcaChape
Que a eternidade nos sirva para jamais esquecer. Que o hoje nos ensine a amar mais, respeitar mais e preservar essa união. #ForçaChape
Torcida do Atlético Nacional cantando para a Chapecoense. Incrível. #ForçaChape
Que essa seja a última imagem dos nosso guerreiros.#ForçaChape
Há também um vídeo publicado pelo clube brasileiro no Youtube que está a emocionar o mundo.
“Hoje acordamos com um novo desafio, pois a vida nos deu uma missão diferente”; “nossos guerreiros viraram heróis e eternizaram suas vidas em uma batalha que fez o mundo parar”, diz-se no texto que acompanha o vídeo.
ZAP / Lusa
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