quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

NEUROCIENTISTAS REMOVERAM COM SUCESSO FOBIAS DOS CÉREBROS DAS PESSOAS


 
Um grupo de neurocientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, descobriu como remover medos específicos dos cérebros de pacientes, usando uma combinação de inteligência artificial e uma tecnologia de digitalização do cérebro.
O processo, chamado de “Neurofeedback Decodificado”, não requer nenhum esforço consciente da parte do sujeito para superar fobias – depende apenas da identificação de padrões cerebrais relacionados com um certo medo, que são “substituídos” através de um sistema de recompensa.
Os cientistas criaram uma “memória de medo” em 17 voluntários, associando uma determinada imagem com um choque elétrico.
Durante os três dias seguintes, os participantes receberam uma pequena quantia de dinheiro como recompensa, sempre que o mesmo padrão cerebral foi detetado.
Os sujeitos foram informados de que a recompensa dependia de sua atividade cerebral, mas não sabiam de que maneira. O objetivo era associar gradualmente o padrão cerebral com uma recompensa, em vez de algo assustador.
“As características da memória que foram previamente ajustadas para prever o choque doloroso foram reprogramadas para prever algo positivo”, disse Ai Koizumi, investigador de inteligência artificial do Instituto Internacional de Pesquisa Avançada em Telecomunicações, em Kyoto, no Japão.
Assim, quando os participantes viram o conjunto original assustador de imagens, após receberem a recompensa, não foram detetados sinais de medo ou atividade aumentada na amígdala – a região do cérebro que processa essa emoção.
“Isto significa que fomos capazes de reduzir a memória do medo sem que os voluntários experimentassem conscientemente essa memória no processo”, explica Koizumi.
O tratamento tradicional para fobias é a terapia de exposição, que envolve expor as pessoas à causa do medo num ambiente seguro – a velha ideia de “enfrentar os medos” para conseguir superá-los.
Com o desenvolvimento do novo estudo, publicado na Nature Human Behavior, os especialistas esperam conseguir melhorar o tratamento de fobias, sem ser necessário fazer com que, por exemplo, uma pessoa com medo de aranhas segure uma.
Os especialistas dizem que esta nova técnica pode eventualmente ser usada para ajudar a tratar certas condições como o transtorno de stress pós-traumático, de maneira mais fácil.
ZAP / Hypescience

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