No jornal Expresso e outros podemos ler que do BES saíram milhares de milhões de euros para paraísos fiscais, a informação faz manchete no Jornal Económico, a fonte. No Expresso tem o título: "Offshores. Mais de metade dos 10 mil milhões transferidos saíram do BES", para os que quiserem ler sobre o auge do banditismo do tal sujeito e afins a que chamam DDT (dono disto tudo), parece que um arraçado de Al Capone rodeado de outros afilhados. Um e outros dignos de Dom Corleone, o tal da máfia de lá de fora. Estes são portugueses, em Portugal. O prémio deles é a impunidade. Cá estaremos para ver.
Ainda no Jornal Económico os offshores dão o litro e são notícia. Desta feita sobre técnicos da Autoridade Tributária (autoridade?). Estão a ser investigados por uma enorme quantidade de “fundos” passaram ao lado do controlo. Oh, pois, foi sem querer. Oh, pois, foi uma falha. E quem é que acredita nisso? Ora vão lá ver o património desta cambada toda que é para acreditarmos. Não vale fazer pagar o justo pelo vígaro mas temos de saber tudinho de fio a pavio e a corja, porque existe algures, deve ser passada a pente fino.
Como nas novelas de cordel pode muito bem acontecer que a conclusão seja só uma nestes meadros dos offshores e dos milhares de milhões que voam sem controlo: as fugas de capitais são por culpa das empregadas da limpeza. Pois. (MM / PG)
Offshores: técnicos da AT investigados
A Inspeção Geral de Finanças (IGF) está a investigar, a pedido do Ministério das Finanças, a enorme quantidade de fundos que passou ao lado do controlo da Autoridade Tributária (AT).
O Jornal Económico sabe que na mira da IGF estão os funcionários dos sistemas de informação para apurar se houve alguma actividade ilícita ou pouco diligente que esteja na base dos problemas nos procedimentos e nos mecanismos informáticos que levaram a que os dados das transferências entregues pelos bancos (declarações do Modelo 38) não tivessem ido correctamente extraídos para o sistema central da AT.
O JE apurou que os problemas informáticos que ditaram o não tratamento da informação ocorreu após uma actualização do software, fornecido por uma multinacional, que acabou por não fazer correr todos os dados constantes nas declarações entregues pelos bancos.
Questionada sobre a actualização do software (e data em que ocorreu) e a investigação aos técnicos da AT, fonte oficial das Finanças afirma: “esta matéria está em investigação pela IGF pelo que não nos pronunciamos.
Nesta quarta-feira, 1 de março, o SEAF deu conta no Parlamento que o relatório da IGF estará pronto em março e que da auditoria em curso deverá resultar uma auditoria forense, para apuramento de responsabilidades.
Segundo Rocha Andrade, já em julho de 2016, quando entrou em funcionamento um novo sistema informático de processamento dos ficheiros recebidos dos bancos com a informação das transferências (aplicado às estatísticas de 2015), que se percebeu a divergência de dados, após ordem para o novo software fazer correr os ficheiros dos anos anteriores. Acabaram por encontrar-se divergências não apenas nos valores de 2014, mas nos dados dos três anos anteriores.
Lígia Simões – Jornal Económico
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