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David Dinis, Director
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Viva,
Vamos às notícias desta noite:
Na Catalunha, tudo cada vez mais partido: o Rei acusou a Generalitat de "deslealdade inadmissível" e Puigdemont respondeu com um pré-anúncio da independência - que será formalizado nos próximos dias. Num dia que foi de greve geral, a Sofia Lorena fez um retrato diferente do que imaginava: "Até a Sagrada Família fechou portas, num dia muito diferente. A enorme Barcelona chegou a estar silenciosa, um silêncio no meio da maior das concentrações e uma estranha ausência de ruído fora dela." Para ler, aqui.
O atirador de Las Vegas instalou câmaras no hotel. E preparou o ataque meticulosamente. Mas, conta-nos o Alexandre Martins, que passou o dia à procura das pistas, que não se consegue perceber a motivação do assassino: Atirador ou terrorista? É complicado... O que já sabemos, tristemente, é a identidade das suasvítimas.
Cuba qualificou a expulsão de diplomatas pelos EUA apenas com duas palavras: “inaceitável” e “infundada”. Os Estados Unidos anunciaram, antes, a expulsão de 15 diplomatas cubanos destacados em Washington, justificando com a "incapacidade de Cuba de tomar medidas adequadas para proteger” os diplomatas norte-americanos.
No Público de hoje
Começamos pelo dia que marcará a história do PSD: sete anos depois, Passos Coelho anunciou a saída da liderança. Porque o resultado foi "mau", porque o deixou "sem espaço e manobra" e porque ficar "seria oferecer a caricatura de que estaria agarrado ao poder", disse ontem à noite no Conselho Nacional, prometendo "não andar a rondar, a assombrar" o partido, nem tomar partido na eleição. "Passos, na hora de saída" é o Editorial que, logicamente, marca o lugar dele na história.
Mas o PSD entrou logo numa agitação à moda antiga. Às primeiras notícias da saída do líder, Morais Sarmento (apoiante de Rui Rio) desafiou Santana Lopes e Marques Mendes a ir a votos; na SIC, Santana Lopes confirmou que... "obviamente" está a ponderar isso. Enquanto dentro do Conselho Nacional se percebia que Luís Montenegro estava a sair de cena, deixando o espaço aberto para... Paulo Rangel, que foi um dos mais aplaudidos da noite (aqui recupero o artigo dele ontem no PÚBLICO, apontando o caminho ao partido que gostaria de ver). Definitiva é a entrada de Rui Rio na corrida: na Visão de hoje há já o "sim", escrito letra a letra.
Mas o pós-autárquicas está a doer também no PCP. Ontem, depois de fazer contas às eleições, o Comité Central apelou à "intensificação da luta", Jerónimo fez muitos avisos e decidiu não apoiar o PS na Câmara de Lisboa. Mas a verdade é que, em Loures e em cinco municípios onde perderam a maioria absoluta, os comunistas terão de negociar pelouros para governar sem sobressaltos. Aqui no PÚBLICO, o dirigente João Frazão deixa garantias de negociações firmes, desde logo no Orçamento. Enquanto o ex-dirigente Domingos Lopes alerta que "os tempos que vêm exigirão muito ao PCP e ao BE".
Do Bloco também segue um aviso: "Na sequência das autárquicas, só há uma forma de não perder depois de ganhar: fazer um orçamento ousado na recuperação social", escreve Francisco Louçã, aqui no Tudo Menos Economia.
Enquanto isso, Costa lança-se numa nova paixão: hoje, em Conselho de Ministros, aprova a nova política de habitação do Governo, para levar ao debate quinzenal desta tarde. A iniciativa tem várias novidades, mas destaco-lhe duas: os proprietários que cobrem rendas acessíveis vão ter isenção de IRS e só pagam 50% de IMI. Vai haver também um fundo para catástrofes. A São José Almeida dá a notícia.
Mas há mais duas decisões do Governo a registar: os privados vão ter acesso a fundos europeus para remover o amianto nos edifícios; e as termas voltarão a ter apoios do Estado.
E dois problemas para resolver: um impasse parcial com o Bloco nos precários; e um défice de informação dos utentes do SNS.
Dois não, três: é que na Autoeuropa nenhuma lista conseguiu maioria na próxima comissão de trabalhadores. As negociações podem, assim, ser mais difíceis.
Para ler e reter
1. Einstein acertou outra vez. Foi há mais de 100 anos que Albert Einstein nos apontou o caminho das ondas gravitacionais pela primeira vez - mas foi preciso chegar a 2015 para alguém as detectar pela primeira vez. O trio de físicos que há décadas andava atrás delas viu agora o seu esforço reconhecido ao mais alto nível, com um Nobel da Física. A Teresa Firmino teve que voltar a 1915 para contar esta epopeia. Com a ajuda de Carlos Fiolhais, que aqui se espanta com uma das proezas mais notáveis da física contemporânea.
2. “Está a ouvir? É a Ponte 25 de Abril a ‘cantar’!” Uma instalação imersiva audiovisual, a partir de sons, vibrações e imagens da Ponte 25 de Abril, ocupará a partir desta terça-feira a Galeria Oval do MAAT, o museu que cumpre hoje o seu primeiro aniversário. A operação é desencadeada pelo artista sonoro americano Bill Fontana, com quem o Vítor Belanciano esteve à conversa. E aqui perguntamos nós: mas como é que ele ouve música da ponte? A resposta está aqui.
3. Patinagem e um vaivém de bons sentimentos. Determinado, perfeccionista e humilde, o bicampeão mundial de solo dance é uma das coqueluches da patinagem portuguesa. Ao PÚBLICO, falou sobre as coreografias, a evolução na natalidade e a importância de chegar ao "ponto óptimo no tempo certo". Senhoras e senhores, Ricardo Pinto.
Hoje acontece
Há Conselho de Ministros e debate quinzenal, este já depois de o Banco de Portugal divulgar as suas novas projecções para a economia, mas provavelmente antes de sabermos se o Novo Banco será vendido. Há um plenário de professores organizado pela Fenprof. Saberemos também (à meia-noite) osresultados das provas de aferição do 2.º, 5.º e 8.º ano. A OCDE divulga ainda um relatório sobre igualdade de género, onde nos vamos comparar com outros países.
Lá por fora, reúne-se o Parlamento da Catalunha, pela primeira vez desde o 'referendo' e os confrontos de domingo. E, seguramente mais pacífico, é atribuído o Nobel da Química.
Para acabar em beleza, deixo-lhe este link para o P3: estas são as melhores fotografias de arquitectura de 2017.
Que sejam imagens inspiradoras, para um dia produtivo e feliz.
Nós ficaremos por aqui, a actualizar-lhe as notícias.
Até já!
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