A Unidade de Ação Fiscal, sob direção do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), realizou um inquérito originado pela operação “Fumo Branco”, cuja investigação foi realizada durante cerca de dois anos, tendo sido concluído em 14 de maio de 2018, com a dedução de acusação pelo DCIAP contra 23 arguidos, dos quais seis são de nacionalidade estrangeira.
A atividade criminosa investigada no referido inquérito, que se reporta aos anos de 2016 e 2017, prende-se com uma rede internacional que introduzia tabaco em território nacional em regime suspensivo de impostos e de direitos aduaneiros, através de uma sociedade nacional que dava cobertura à atividade criminosa desenvolvida, produto que depois era ardilosamente subtraído ao regime suspensivo de impostos e de direitos aduaneiros, ficando fraudulentamente disponível, “livre de impostos”, para comercialização pelos circuitos marginais, quer em território nacional, quer noutros países da União Europeia, em particular em Espanha e no Reino Unido.
A produção de prova sobre os ilícitos investigados implicou o recurso aos mecanismos de cooperação judiciária internacional, designadamente, a realização de nove buscas domiciliárias em Espanha, em colaboração das autoridades judiciária espanholas e Guardia Civil, e uma busca domiciliária realizada emInglaterra, em colaboração com as autoridades inglesas.
Durante a investigação foi arrestado património imobiliário avaliado em 500 mil euros e foram realizadas 70 buscas em território nacional, das quais 33 domiciliárias e 37 não domiciliárias, tendo ainda sido apreendido ao longo do processo:
·99 milhões e 200 mil cigarros (se introduzidos no consumo teriam lesado o estado em cerca de 17 milhões de euros);
·27 veículos automóveis;
· 70 telemóveis;
·23 computadores;
·14 armas de fogo;
·584 munições;
·163 500 euros em numerário.
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