♦ Jurandir Dias
Estamos em época de Copa do Mundo. Desta vez ela transcorre na Rússia e servirá para romper as barreiras ideológicas e psicológicas em relação a um país do qual Nossa Senhora disse em Fátima que espalharia seus erros por toda parte. Tal previsão, contudo, já se cumpriu, pois o comunismo se encontra, de alguma forma, instaurado em todo o mundo e até dentro da Igreja.
Esse importante aspecto da realidade contemporânea fica ofuscado pela propaganda com que somos bombardeados a respeito da Copa do Mundo.
Entretanto, algo parece estar mudando. Apesar de todo o esforço midiático, a Copa do Mundo atrai cada vez menos público. É o que observa a professora Nardele Silva, moradora de Belo Horizonte: “Este ano está muito desanimado. Ninguém está em clima de Copa do Mundo. O Brasil está vivendo um momento muito difícil, e isso está nos levando a repensar a importância dos jogos. O Brasil é o país do futebol? Pode até ser, mas também tem que ser o país de outras coisas: o país da segurança, da educação, da saúde. Então, vejo esse desânimo, vejo as pessoas virando as costas para a Copa.”[i]
Também em Portugal, o ex-ministro Pedro Santana Lopes [foto ao lado], numa entrevista para a TV SIC, em 26 de setembro de 2007, manifestou o seu profundo desacordo com a importância tributada pela Imprensa ao futebol em detrimento dos problemas realmente importantes da Nação.
Apenas a entrevista havia começado, a jornalista o interrompe para transmitir a chegada de José Mourinho, técnico de futebol, que acabava de desembarcar no Aeroporto da Portela.
Após o repórter falar da importância daquele técnico de futebol, a jornalista retoma a entrevista:
– Volto agora a conversar com Pedro Santana Lopes, estávamos a falar…
– Sabe aonde é que estávamos? – pergunta o entrevistado.
A jornalista apenas começa a justificar aquela abrupta interrupção, o ex-ministro a interrompe:
– E acha que isso justifica? Desculpe a pergunta.
A jornalista, mal à vontade com a reação do entrevistado, tenta se justificar novamente.
O ex-ministro reage:
– Estamos a falar da interrupção. Acha que isso justifica?
E continua, ironicamente, sem deixar a jornalista apresentar as suas escusas:
– José Mourinho é mais importante que qualquer um de nós, sem dúvida nenhuma. A chegada dele põe o país em delírio e os problemas dos partidos e do sistema política não interessam nada. Só lhe pergunto: é assim que o país anda para a frente? Os senhores me convidaram para vir aqui, para vir falar destes assuntos importantes, eu vim com sacrifício pessoal, um sacrifício pessoal, chego aqui e sou interrompido por causa da chegada de um treinador de futebol! Acho que o país está doido, desculpe dizer. Com todo o respeito, e, portanto, eu não vou continuar a entrevista. As pessoas têm que aprender, peço desculpas, mas não vou continuar, sem nenhum preciosismo. Agora, eu tenho regras e não quebro minhas regras.
Após anos de paulatina destruição dos alicerces da sociedade e de inversão de valores promovido por forças hostis à civilização cristã, as quais utilizam o futebol que privilegia os pés e não o trabalho intelectual, parece que está havendo uma sadia reação. É o que fazem transparecer as declarações da professora mineira e do ex-ministro português. Queira Deus que este estado de espírito se mantenha não só no Brasil e em Portugal, mas no mundo inteiro!
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