terça-feira, 19 de junho de 2018

Al Shabaab moçambicano ainda é risco “insignificante” para economia, de acordo com o Banco de Moçambique


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O movimento armado que está aterrorizar a província de Cabo Delgado onde já assassinou quase quatro dezenas de civis e na véspera da comemoração islâmica do Ide atacou mais uma aldeia no distrito de Macomia, ainda não constitui um risco para a economia moçambicana sendo classificado como “ insignificante” pelo Banco de Moçambique.

O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique reuniu pela terceira vez este ano, a primeira desde que o movimento apelidado de Al Shabaab pelas comunidades locais da província de Cabo Delgado intensificou os seus actos terroristas em finais de Maio atacando aldeias e assassinando pelo menos 39 cidadãos indefesos.

O mais recente ataque de que há conhecimento aconteceu na quinta-feira (14), véspera da celebração do fim do Ramadão, o Eid al-Fitre. Um grupo não quantificado assaltou durante a noite a aldeia Ibu, no posto Administrativo de Quiterajo, no distrito de Macomia, onde não causou nenhum vítima mortal pois, segundo o jornal Mediafax, as populações haviam-se refugiado em locais seguros “matas”. No entanto incendiaram 44 residências.

Questionado por jornalistas porque motivo o banco central na sua análise sobre os vários factores que influenciam a economia nacional não levou em conta este conflito o Rogério Zandamela declarou que: “Como deve saber a informação disponível sobre o conflito em Cabo Delgado ela é muito limitada para todos nós, então não é um risco ainda não estamos em condições de avaliar se é significante ou insignificante. Neste momento na base da informação que temos classificamos como insignificante”.

“Não temos informação para decidir de outra maneira (...) Havia muito mais clareza sobre o conflito no Centro, o que é que isso queria dizer e como é que isso estava a interromper a actividade económica do país, não se podia comunicar o Norte com o Sul”, acrescentou Governador do BM concluindo que o terror que o Al Shabaab tem espalhado por pelo menos seis dos 15 distritos da província onde estão as maiores reservas de gás natural da África Austral ainda “é recente, está sendo estudado e não somos os profissionais para poder pôr um peso, não temos informação suficiente sobre isso”.

Fonte: Jornal A Verdade. Moçambique

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