Os irmãos e familiares do Padre Aníbal Castelhano, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como gostariam, vêm agradecer às muitas Instituições, Paróquias e Movimentos, ao Clero da Diocese de Coimbra e a todos os amigos do Padre Aníbal, pela participação mas acima de tudo pela amizade, conforto e solidariedade demonstrada nas exéquias fúnebres que decorreram em dois momentos litúrgicos: na Sé Catedral de Coimbra com Missa presidida pelo Senhor D. Virgílio Antunes, Bispo de Coimbra e concelebrada por mais de 90 Padres e diáconos de Coimbra e de outras dioceses e no Seixo de Mira com missa de corpo presente presidida pelo Sr. Vigário Geral da Diocese, Padre Pedro Miranda (concelebrada por 25 sacerdotes) que presidiu também às cerimónias de tumulação no cemitério local.
Na ocasião, para além da família algumas pessoas, em nome das Paróquias onde o Pe Aníbal foi pároco e instituições a que presidiu, fizeram o elogio fúnebre, dando o seu testemunho das muitas qualidades humanas, mas sobretudo do espirito de fé e entrega à igreja do Cónego Aníbal
Foi reconfortante assistir às duas cerimónias com os templos completamente cheios, ver uma Igreja unida, sentir a partilha pessoal emocionado do sr. Bispo mas também a manifestação da perda para a Diocese, ver as principais instituições e organismos da sociedade civil de Coimbra e da região estar presentes em reconhecimento, ver um “mar de gente” amigos do Padre Aníbal que quiseram dar-lhe um ultimo adeus na terra. É sinal das amizades, da consideração, do respeito e do reconhecimento que o Padre Aníbal construiu neste 74 anos de vida
Agradecem também a todos os que, por mensagens ou outros meio se associaram, recordando a generosidade, alegria, dedicação, espírito de serviço e exemplo de fé, associadas às marcas da proximidade, da esperança, confiança, e entusiasmo com que viveu, qualidades que todos guardamos com saudade do Padre Aníbal.
Breve percurso do Cónego Aníbal Castelhano
O Cónego Aníbal Pimentel Castelhano, natural do Seixo, concelho de Mira, nasceu a 09-12-1943, filho de Aníbal Marques Castelhano e de Rosa a Costa Pimentel. É irmão gémeo de Manuel Pimentel Castelhano, tendo ainda duas irmãs: Maria Albina Marques Pimentel e Lucília dos Anjos Costa Marques
Entrou no seminário da Figueira da Foz a 11-10-1954 e depois de ter concluído o Curso no Seminário Maior de Coimbra foi ordenado Presbítero a 11-08-1968, por D. Francisco Rendeiro na Igreja Paroquial de Seixo de Mira.
Desde a primeira hora que se dedicou à Pastoral Familiar, quer na assistência às Equipas de Nossa Senhora, quer ao Movimento dos Casais de Santa Maria e ainda, às equipas de CPM, de que foi assistente.
Depois de exercer diversas funções, entre as quais de reitor do Seminário Maior de Coimbra, Diretor do Secretariado Diocesano de Educação Cristã da Infância e Adolescência, Diretor do Secretariado do Ensino da Igreja nas Escolas e Diretor do Secretariado Diocesano de Pastoral Juvenil, integrou durante vários anos as Equipas Formadoras dos Seminários. Foi também Presidente da Caritas Diocesana de Coimbra, Presidente da Obra do Frei Gil entre funções nos órgãos sociais de muitas outras instituições.
Foi, durante muitos anos, arcipreste de várias regiões, tendo sido ainda Vigário Geral da Diocese de Coimbra durante vários anos, com os Bispos D. Albino Cleto e D. Virgílio Antunes
Foi Capelão do Carmelo de Santa Teresa e teve a nobre missão de ser vice-postulador da Causa de Beatificação da Irmã Lúcia (desde 2008 a 2017 trabalhou todo o processo que incluiu analisar todos os escritos da irmã Lúcia, a sua vida e outros factos relevantes que constituíram o processo de 15.000 páginas enviado a Roma e que conduziu à sua canonização)
A sua ultima missão na Igreja foi ser Pároco de Penacova, Friúmes e Carvalho, e arcipreste do Alto Mondego, que exerceu, até ao inicio de 2018, até ás ultimas forças revelando toda a sua caridade pastoral mesmo com a “saúde a fugir-lhe”
Por todos os lugares onde passou, pessoas que acompanhou, missões que exerceu, a sua postura foi sempre de simplicidade e de serviço, procurando acima de tudo deixar as marcas da proximidade, da esperança, confiança, alegria e entusiasmo.
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