sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Enfermeiros satisfeitos com alteração no atendimento noturno em maternidade de Coimbra

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) anunciou hoje à tarde que o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) recuou na decisão de obrigar os enfermeiros a efetuar atendimento noturno na Maternidade Daniel de Matos.
De manhã, a secção regional de Coimbra do sindicato tinha considerado um "absurdo" que os enfermeiros tivessem de efetuar atendimento noturno na Maternidade Daniel de Matos devido à falta de funcionário administrativo.
O dirigente sindical Paulo Anacleto queixava-se de que os enfermeiros da Maternidade Daniel de Matos iriam ter de receber as inscrições e comunicá-las ao posto administrativo da Maternidade Bissaya Barreto, para que a utente fique registada na plataforma informática.
"O CHUC que ontem [quarta-feira] tinha deliberado obrigar os enfermeiros da Urgência daquela maternidade a executar tarefas que excediam as suas funções, hoje deliberou em sentido contrário, colocando um funcionário administrativo naquele serviço das 00:00 às 08:00", refere um comunicado do SEP.
A nota refere que "a denúncia pública e a total discordância do SEP e dos enfermeiros fez com que a administração recuasse, e bem, na sua decisão".
"O SEP releva a decisão da administração do CHUC e salienta a posição firme, construtiva e de razão dos enfermeiros da urgência da Maternidade Daniel de Matos", lê-se no comunicado.
Contactado pela agência Lusa, o presidente do CHUC, Fernando Regateiro, garantiu que o posto de trabalho administrativo da Maternidade Daniel de Matos nunca existiu no período entre as 00:00 e as 08:00 e que antes da alteração do sistema informático já eram os enfermeiros que efetuavam "esse procedimento".
"Para que não haja ideia de que o conselho de administração não respeita as competências dos enfermeiros, procurámos outra solução", explicou Fernando Regateiro.
Salientando que não pretende criar "mal-entendidos", o responsável disse que "não houve recuos, nem se pretendia obrigar ninguém, mas apenas continuar com uma prática que já existia no anterior sistema informático".
"Não era uma obrigação, era uma colaboração que permitia uma gestão de eficiência, uma vez que os registos na Maternidade Daniel de Matos são muito poucos, mas vamos procurar soluções a contento destes profissionais", frisou.
Lusa

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