terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Prescrição de antibióticos

ARS Algarve melhora controlo das resistências bacterianas.
Entre 2009 e 2017 registou-se uma diminuição de cerca de 10% do número de embalagens de antibióticos prescritos nos centros de saúde da região do Algarve, tendo a prescrição de Cefalosporinas e Quinolonas diminuído em 60% e 58% respetivamente, de acordo com o Relatório «Evolução da Prescrição de Antibacterianos nos Cuidados de Saúde Primários da Região de Saúde do Algarve» divulgado pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, no âmbito do Dia Europeu do Antibiótico, que se assinalou a 18 de novembro.
Esta diminuição do consumo de antibacterianos assume uma grande relevância na melhoria do controle da resistência aos antibióticos e no seu uso correto e eficaz no tratamento de um grande leque de infeções bacterianas, devendo os antibióticos ser utilizados só quando estritamente necessário, conforme as linhas orientadoras pelo Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos da Direção-Geral da Saúde.
Com a publicação deste relatório sobre a prescrição de antibióticos nos três Agrupamentos de Centros de Saúde nos anos 2009, 2016 e 2017, espera-se conseguir reforçar o empenho de cada um na utilização dos antibióticos, sublinhando que nas infeções virais, tão comuns no inverno, os antibióticos não devem ser usados.
Todos os anos, em novembro, a Organização Mundial de Saúde dedica uma semana aos Antibióticos, tendo esta iniciativa como principal objetivo a sensibilização de todos, independentemente da idade, para o seu uso correto, como forma de evitar o aparecimento e disseminação da resistência aos antibióticos.
Os antibióticos são utilizados de forma inadequada, quando por exemplo, são usados para tratamento de constipações e gripes (doenças causadas por vírus contra os quais os antibióticos não atuam) ou são usados de forma incorreta (não se cumpre a duração do tratamento, a dose prescrita, o intervalo entre as tomas).
A capacidade das bactérias para resistirem aos antibióticos está a aumentar a nível global e não se têm desenvolvido novos antibióticos, o que constitui uma grave ameaça à saúde pública. Sem antibióticos as infeções causadas por bactérias dificilmente serão tratadas.

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