Enquanto dormia...
O Governo avançou mesmo para a requisição civil dos enfermeiros. Comentário da ministra da Saúde: “Não tivemos alternativa”. Há quatro hospitais abrangidos pela medida: Santo António, São João Entre Douro e Vouga e Tondela-Viseu.
O PS juntou-se ao Governo, atacando por outro lado: os socialistas querem avançar para a proibição de donativos anónimos no “crowdfunding”, contribuindo assim para as suspeitas sobre a fonte de financiamento da chamada "greve cirúrgica".
A reação dos enfermeiros foi radical:
- Há a ameaça de faltarem ao trabalho ou deixarem de fazer horas extraordinárias. Nessas condições, nem sequer existiria a obrigação de cumprir serviços mínimos;
- O sindicato acusa o governo de sobrecarregar os hospitaispara decretar a requisição civil.
O Presidente da República pôs-se claramente do lado do Governo e dos socialistas. Primeiro, não contestou a requisição civil; depois, disse que qualquer resistência dos enfermeiros será "intolerável"; por fim, apontou problemas legais ao "crowdfunding".
O conflito já se arrasta há muito tempo e é complexo. Por isso, convém parar para perceber o que se passa. Temos 15 perguntas e respostas para entender o problema, das exigências dos enfermeiros às queixas contra a bastonária, passando pelos detalhes da requisição civil.
Mais informação importante
Paulo Macedo foi ontem ao Parlamento defender que falar sobre os milhões que desapareceram da Caixa em empréstimos ruinosos é uma "perda de tempo". Mais: as notícias sobre a auditoria e a comissão de inquérito só complicam a vida diária do banco.
De qualquer forma, o presidente da Caixa garantiu:"Houve uma evolução que torna impossível que se repita o que se passou".
Paulo Macedo pode não querer que se fale de assuntos desagradáveis, mas há mais uma polémica para a Caixa. A auditoria do Tribunal de Contas à venda do setor dos seguros do banco conclui que a alienação da Fidelidade não foi vantajosa para o interesse público.
Houve outra audição importante no Parlamento: Álvaro Santos Pereira garantiu que é um “mito urbano”dizer que a EDP demitiu um dos seus secretários de Estado. O ex-ministro da Economia lembrou ainda que foi Vítor Gaspar quem travou a criação de uma contribuição extraordinária sobre o setor elétrico logo em 2011.
O ex-ministro e agora diretor da OCDE falou ainda sobre corrupção, tema que levou a um conflito diplomático entre o governo e aquela organização: “Quem questiona que o país tenha sido vítima de corrupção, está a questionar o inquestionável”.
Rui Rio confirmou ontem que Paulo Rangel é o candidato do PSD às europeias — e Rangel começou logo ao ataque. Questionou a "campanha dissimulada" do ainda ministro Pedro Marques (que será o cabeça de lista do PS) e lançou vários desafios a António Costa.
Horas depois, na reunião da Comissão Política do PS, Costa optou por não responder. O líder do PS preferiu preocupar-se com as listas às europeias: defendeu que devem ser integralmente paritárias e ter candidatos das ilhas em lugar elegível.
Seja como for, a saída de Pedro Marques do governo para ser candidato é inevitável. Não se sabe se haverá uma remodelação mais profunda, mas tudo indica que será agora que o secretário de Estado Pedro Nuno Santos chega a ministro.
O governo reuniu a procuradora-geral da República e forças de segurança para “aperfeiçoar a resposta” à violência doméstica. Conclusões: vai existir uma formação comum para polícias e magistrados, cruzamento de dados e mais proteção às vítimas nas 72 horas depois da queixa.
Uma foto publicada pelas Forças Armadas está a ser criticada por mostrar informações secretas sobre o centro de ciberdefesa. Mas os militares garantem que as passwords foram desativadas no final.
Jeff Bezos acusa um tablóide detido por um amigo de Trump de o chantagear com fotos nuas para esconder ligações ao Presidente americano. O presidente da Amazon e dono do Washington Post divorciou-se há poucas semanas.
O príncipe herdeiro da Arábia Saudita disse que usaria “uma bala” em Jamal Khashoggi um ano antes de ele morrer. A frase de Mohammed bin Salman surgiu numa conversa com o seu assistente pessoal que foi intercetada pelas agências de espionagem americanas.
O corpo encontrado num avião que se despenhou no Canal da Mancha é mesmo do futebolista Emiliano Sala.A confirmação surgiu ontem à noite.
Francisco Ferreira, ou Ferro, é o primeiro estreante do Benfica de Bruno Lage. Da origem do nome, passando por Chiellini e acabando no Seixal, contamos tudo sobre ele.
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O Governo criou um programa para regularizar vínculos precários na ciência e os investigadores e docentes aproveitaram a oportunidade. Mas os reitores estão a travar as entradas nos quadros, como explica a Vera Novais.
A nossa Opinião
Rui Ramos escreve "O que há para ver já vimos": "Rui Rio vai voltar a querer acordos com o PS depois das eleições, e António Costa vai querer voltar à geringonça. Com tais líderes políticos, não veremos nada de novo nos próximos anos".
Luís Reis escreve "Rosa-Choque": "Temos no Governo da República Portuguesa um primeiro-ministro que não vê nenhum problema em coligar-se com dois partidos que olham para a Venezuela com candura e alguma nostalgia até".
Sebastião Bugalho escreve "2019 e a natureza das revoluções": "Em 2015 Portugal saiu das legislativas num clima 'polarizado' e 'crispado'. Quatro anos depois todos os partidos com assento parlamentar, da esquerda à direita, acabaram a aprovar as metas de Bruxelas".
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Fomos ao museu V&A, em Londres, ver a recém-estreada exposição “Dior: Designer of Dreams” e damos-lhe todos os detalhes, dos vestidos de cocktail às luvas até ao cotovelo.
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O Instagram vai proibir a publicação de imagens de automutilação. As novas regras surgem após uma jovem de 14 anos se ter suicidado depois de ver posts sobre ansiedade.
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