O “Artes à Rua – Festival de Artes Públicas”, que terá lugar em Évora de 13 de julho a 5 de setembro, foi hoje apresentado oficialmente na Casa do Alentejo em Lisboa, com atuações de “Ópera Geraldo e Samira” e d”Os Venga Venga”.
Dirigindo-se à Comunicação social e ao conjunto das entidades oficiais que marcaram presença, Eduardo Luciano, Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Évora, entidade organizadora, referiu-se ao evento como um festival de caraterísticas únicas, diferente dos festivais artísticos tradicionais. Segundo Eduardo Luciano, o Artes à Rua irá contribuir para a afirmação de Évora como cidade de cultura, olhando para o futuro sem perder a memória do passado, bem preservada no valioso património que ostenta.
Durante perto de dois meses, em espetáculos de periodicidade quase diária, cerca de 300 participantes, oriundos de mais de 12 países, entre atores, artistas visuais (da escultura, da fotografia, da pintura ou da performance), cantores, bailarinos, músicos e muitos outros, protagonizam os perto de 100 espetáculos e intervenções artísticas.
Na sua terceira edição, em 2019, o Artes à Rua volta à cidade associando-se ao intento de candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura em 2027. Promovido pela Câmara Municipal de Évora, o festival é concebido em parceria com artistas, criadores, agentes, programadores e públicos, refletindo uma narrativa de tolerância, de paz e de interculturalidade, decorrente da leitura que a autarquia faz das artes como forma de emancipar os cidadãos e de potenciar a criatividade e todas as expressões do pensamento, consequentemente, como meio de transformar a sociedade.
Durante o Artes à Rua, Évora converte-se num único e grande palco ao ar livre, oferecendo a residentes e visitantes da cidade uma programação cultural que reúne nomes sonantes das artes, portugueses e estrangeiros, assim como novas criações, de artistas consagrados e de artistas eborenses emergentes.
A cantora e compositora irlandesa Sharon Shannon; a sua congénere norte-americana Madeleine Peyroux, a artista francófona originária do Haiti, Moonlight Benjamin; o icónico Chico César, do Brasil; a dupla Martirio e Chano Dominguez, de Espanha; ou o português Manel Cruz são apenas alguns dos nomes que este ano atuam no festival.
As novas criações são uma das suas prioridades. No Artes à Rua vão estrear-se trabalhos de: Omiri, com “Alentejo Volume 1 Évora”; das Mulheres de Palavra, projeto criado de raiz, e propositadamente, que junta as cantoras Uxia, Mynda Guevara, Mara e Emmy Curl ao grupo eborense Vozes do Imaginário; da produção Mar-Planície que, mediante textos do escritor José Luís Peixoto, agrega os artistas Carlos Martins, o Grupo de Cantares de Évora, João Paulo Esteves da Silva, Mário Delgado, Carlos Barreto, Alexandre Frazão, Manuel Linhares, Joana Guerra e José Manuel Rodrigues; e a Ópera Geraldo e Samira, com música de Amílcar Vasques Dias, encenada por F. Pedro Oliveira, com a participação de Nélia Pinheiro, da Companhia de Dança Contemporânea de Évora, e de grandes vozes líricas nacionais e internacionais, como Marco Alves dos Santos ou Natasa Sibalic, de uma orquestra, do Coro Eborae Musica e de outros instrumentistas, bailarinos e cantores.
Adicionalmente, à semelhança dos dois anos anteriores, e no que se refere a novas criações, mas de artistas locais ou com residência em Évora, também em 2019, o Artes à Rua abriu uma chamada para estes criadores. Desta resultaram mais de 40 propostas, protagonizadas por mais de 100 artistas, as quais integram também a programação geral do festival.
Este ano, uma das opções de programação contempla ainda o público infantil e familiar. O espetáculo Canções de Roda, com Ana Bacalhau, Jorge Benvinda, Sérgio Godinho e Vitorino, é uma das propostas selecionadas neste sentido, havendo outras ofertas que passam pelo teatro e pela música para estes públicos em especial.
A sua programação é assim transversal, vai desde a animação de rua, cinema, circo, dança, escultura, fotografia, literatura, música - nas suas vertentes de clássica, jazz, hip hop, rock, etc. -, teatro, ópera, entre outros domínios artísticos. Todos resultantes em espetáculos, produções e encontros em vários espaços públicos da cidade, ao ar livre, e gratuitos. E nos vários palcos, montados pela cidade,
E todo o programa está agrupado por ciclos e/ou outros festivais e por extensões de festivais. No primeiro caso estão o Transiberia Mundi, o Guitarras Ao Alto, o FIME, a Música Portuguesa a Gostar Dela Própria ou O Bairro, este um festival de hip hop. Em extensões de festivais a que o “Artes à Rua” se associa surgem o Ev.Ex, que traz a música e a poesia experimental à cidade; o Festival Cister Música, de Alcobaça; o Lisbon Music Fest ou o Ethno Portugal, da Associação Pé de Xumbo.
Como parceiros, o Artes à Rua conta com o Festival de Músicas do Mundo de Sines, o Inatel, o Palácio Cadaval, a Direção Regional de Cultura do Alentejo e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo.
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