Residências vão responder a necessidade de alojamento universitário
Obras nos dois edifícios do complexo das residências universitárias estão a decorrer e permitem responder a uma necessidade de alojamento para estudantes do Ensino Superior
As obras de requalificação das residências universitárias de Águeda, localizadas na Rua Comandante Pinho e Freitas, da responsabilidade da Câmara Municipal de Águeda e que implicam um investimento de 592.862,70 euros, estão a a decorrer e já são visíveis alguns dos trabalhos efetuados.
“Esta é uma obra importante no Concelho e uma mais-valia para os alunos que frequentam a ESTGA, para além de que dirime a falta de resposta no alojamento local para os jovens que vêm estudar para Águeda”, disse Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, lembrando que a construção das residências passou por vários processos, com muitos avanços e recuos, mas que conheceu o seu desbloqueamento em maio do ano passado, com o arranque das obras.
Neste momento, é possível ver algumas das intervenções realizadas e as melhorias efetuadas nos dois edifícios que vão albergar as residências para os estudantes.
O projeto de requalificação das residências universitárias, que permitirá albergar os estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA), da autoria da Central Projetos, Lda., implica dois tipos de intervenção: obras de construção de raiz (novo edifício autónomo) e obras de restauro (executadas nos edifícios e anexo existentes).
Os edifícios ocupam as antigas residências dos oficiais da antiga Escola de Sargentos, que foi encerrada em 1977, sendo que estavam, desde então, desabitadas. Por este fato, a intervenção necessária, apesar do aspeto degradado, servirá para conferir aos edifícios um novo uso, a de residências universitárias, pelo que terão de ser adaptados à legislação em vigor e às necessidades exigidas pela Universidade de Aveiro, otimizando o número de residentes.
O complexo é composto por quatro edifícios, sendo que dois são blocos de apartamentos, com dois pisos cada (rés-do-chão e primeiro andar), que disponibilizam um total de 63 camas; um outro é um espaço polivalente, situado nas traseiras destes blocos (com casa-de-banho, lavandaria e zona técnica); e o outro, na zona lateral do complexo, destina-se a escritório e a uma zona de entrega de roupa.
Quanto aos edifícios centrais são constituídos por oito apartamentos, sendo que cada um tem quatro quartos duplos (à exceção de um quarto num dos apartamentos, que é simples e destina-se a pessoas com mobilidade reduzida), cozinha com copa, três casas-de-banho (uma completa, uma com duche e outra de serviço) e uma zona de entrada onde está disposta uma pequena área de estudo equipada com secretárias comuns e cadeiras.
A cozinha, onde os alunos poderão confecionar a sua comida e conviver um pouco, estará equipada com um forno, uma placa de indução e exaustor telescópio de encastrar, um frigorífico, uma arca vertical e uma torradeira.
Como já mencionado, um dos apartamentos, situado no rés-do-chão, dispõe de um quarto simples e foi concebido para pessoas com mobilidade condicionada, sendo que terá, para além da cama individual, uma mesa de estudo com tampo rebatível e terá uma casa-de-banho privativa adaptada a pessoas com mobilidade reduzida. Neste apartamento, haverá ainda a possibilidade de adaptação futura de mais um quarto para pessoas com a mesma problemática. No acesso ao apartamento, está prevista a construção de uma rampa exterior com inclinação mínima de 8%.
Na zona exterior, onde antes estavam os anexos e garagens, foi construída uma sala de estudo comum, que terá capacidade para 40 pessoas e será equipada com 10 secretárias individuais e uma outra zona com mesas corridas. Esta sala terá instalações sanitárias de apoio, acessíveis a pessoas com mobilidade condicionada.
Nesta zona, haverá ainda uma área de lavandaria para uso exclusivo dos alunos e que ficará equipada com duas máquinas de lavar, uma máquina de secar e uma tábua e ferro de engomar.
Num outro anexo, foi criado um escritório para uma funcionária, equipado com um pequeno economato, sendo que esta zona disporá ainda de um armazém de roupa lavada, assim como uma área para entrega de roupa.
O complexo tem quatro lugares de estacionamento, sendo um para pessoas com mobilidade reduzida.
Refira-se que os trabalhos tiveram início em maio do ano passado, tendo a obra sido adjudicada à empresa António Lopes Pina, Unipessoal, Lda. De realçar que, para além da substituição de caixilharia para melhorar o conforto térmico dos edifícios, a obra implicou ainda a colocação de painéis solares que visam, naturalmente, promover a autonomização energética.
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