segunda-feira, 9 de maio de 2016

Cidades estão a substituir as nações como líderes globais

Imagem:greensavers
No período medieval, a luta entre impérios deu lugar às nações, que se tornaram nos principais actores do cenário global. No entanto, de acordo com o que defende Parag Khanna no seu novo livro, Connectography: Mapping the Future of the Global Civilization, a geografia política está a deixar de ser determinante, em detrimento da ascensão das cidades.
De acordo com Khanna, estamos a entrar numa nova era onde as fronteiras políticas ou até insulares já não são relevantes. Há cada vez mais pessoas a identificarem-se como cidadãos globais – ou cidadãos do mundo, como diria o filósofo Sócrates – uma vez que estamos mais ligados que nunca.
O resultado desta mudança de paradigma é o crescimento das cidades. E os argumentos seculares de que o clima e cultura são responsáveis pelo falhanço de algumas sociedades ou nações – ou a forma como os pequenos países estão sempre à mercê dos maiores – estão paulatinamente a serem desmistificados pelo crescimento dos transportes globais, comunicações e infra-estruturas ligadas à energia e internet.
“O mundo tornou-se urbano”, explicou Khanna ao CityLab. “Se queremos perceber onde estão as pessoas, [temos de ir onde elas estão]: as cidades. Em segundo lugar, há a economia. A maior parte do poder económico global está centralizado nas cidades e, por isso, elas são entidades fulcrais que precisamos de analisar para perceber a economia global”.
Em terceiro lugar, continua o autor, as cidades estão cada vez mais ligadas entre elas. “Elas estão a desenvolver laços cada vez maiores entre elas, o que eu chamo de redes diplomáticas. Isto é diplomacia”, concluiu Khanna.
Fonte: Green Savers

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