segunda-feira, 9 de maio de 2016

Escolas privadas entregam 50 mil cartas a António Costa

Cerca de meia centena de pais, professores e encarregados de educação de escolas particulares e cooperativas deixaram hoje mais de 50 mil cartas na residência do primeiro-ministro a pedir a manutenção do financiamento.
© Lus

Em quatro carrinhos de mão, em várias caixas de papel, ou mesmo ao colo, professores, pais e funcionários entregaram hoje metade das cartas que conseguiram recolher para pedir ao Governo que anule o despacho que veio definir que só serão financiadas as escolas nas zonas onde não existe oferta pública ou, exitindo esta oferta, mantém-se apenas o financiamento das turmas até que estes alunos acabem o ciclo de ensino que atualmente frequentam.

osé Silva, representante da associação de pais da Escola Didaxis em São Cosme, Famalicão, é um dos manifestantes que critica a atuação do Ministério da Educação, acusando de querer "rasgar o contrato assinado no ano passado", que estabeleceu o financiamento das escolas particulares e cooperativas por um período de três anos.

A Cooperativa Didaxis tem cerca de 3.330 alunos que frequentam entre o 5.º e o 12.º ano.

Segundo José Silva, o fim do apoio estatal obrigará os alunos a mudarem-se para uma escola pública "que fica a 12 quilómetros de distância".

Funcionários e professores lembram ainda que o corte no financiamento "irá pôr em causa muitos postos de trabalho", contou à Lusa Francisco Assis, professor há 33 anos na Didaxis.

"A nossa intenção não é avançar com processos judiciais, a nossa intenção é chegar a um acordo", sublinhou Francisco Assis.

Funcionários, professores e representantes da associação de pais dos Salesianos de Manique também estão presentes no protesto.

"A escola é só uma, mas estamos a viver um momento de professores contra professores e escolas contra escolas", lamentou a professora dos Salesianos de Manique Ana Simões.

A docente explica que os alunos são escolhidos para aquela escolha através de "uma central de matrículas de acordo com critérios do Ministério da Educação", garantindo que não escolhem os alunos e que existem "muitos estudantes de bairros sociais".

A concentração começou às 11:00, em frente ao Palácio de São Bento, e a entrega das cartas demorou cerca de meia hora.

Por volta do meio-dia, uma delegação foi recebida pelo assessor para os Assuntos Económicos.

Comentário: o dinheiro dos contribuintes não deve servir para sustentar colégios de ensino privado, com fins lucrativos. Aos pais dos alunos, assiste-lhe o pleno direito de colocar os filhos onde considerarem melhor, não pode ser é à conta dos contribuintes.
Os comentários de natureza politica que se têm feito ouvir trazem grão na asa. Com o dinheiro dos outros também fazia grandes coisas, desde que não tivesse de o devolver.
Os alunos estão a ser usados como arma de arremesso e para aproveitamentos dúbios. Diz o ditado popular: "com as calças do meu pai, sou mais homem".

J. Carlos
----------------
António Fernandes · 
Se as crianças e os jovens têm direito a optar pelo ensino particular gratuito porque é esse o dever do Estado, então todos os velhos com reformas de 300 euros também têm direito de optar pelo Sistema Privado de Saúde e não esperarem que a morte venha enquanto aguardam por uma consulta no SNS.
GostoResponder3 h

Tchai Quan · 
Trabalha na empresa Trabalhador(a) independente
É maravilhoso ter filhos nos colégios privados e a factura ser distribuída por todos os contribuintes !!!! É a democracia a funcionar .......................................
GostoResponder13 h

Nenhum comentário:

Postar um comentário