A
Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e
Sociais anuncia hoje a data e local da ação de luta dos guardas-florestais
contra a extinção da carreira e pela exigência de suplementos remuneratórios.
Luís
Pesca, da Federação, avançou na quinta-feira à agência Lusa que a greve foi a
forma de luta escolhida para enfrentar a recusa do Governo em aceitar as
reivindicações dos guardas, o que "contrasta com as afanosas declarações
em defesa da floresta e da prevenção dos incêndios florestais, quer do
primeiro-ministro, quer de outros membros do governo, nos últimos dias".
Numa
conferência de imprensa marcada para hoje, em Lisboa, os guardas florestais do
Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), da GNR, vão apresentar
os termos, data e local da greve contra a extinção da carreira e pela
atribuição de suplementos remuneratórios relacionados com as condições
específicas do seu trabalho.
Os
sindicatos salientam que, numa reunião realizada na quarta-feira, "o
Governo PS recusou negociar com a Federação Nacional dos Sindicatos dos
Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais a reversão do processo de extinção
da carreira de guarda-florestal e a atribuição de suplementos remuneratórios
decorrentes das suas funções e condições específicas de trabalho".
No
encontro, segundo a federação, o secretário de Estado da Administração Interna
também recusou a resolução de questões relacionadas com a carreira de
guarda-florestal.
"Insistir
no erro da extinção da carreira de guarda-florestal, não é defender a floresta,
e o Governo insiste neste erro, como insiste em manter [estes profissionais]
numa situação de subvalorização no SEPNA/GNR", salienta a Federação.
Para
a estrutura sindical, "é por demais evidente que, neste serviço, são os
elementos desta carreira que asseguram competentemente as funções de
policiamento e fiscalização do cumprimento da legislação florestal, da caça e
da pesca e garantem a investigação das causas dos incêndios florestais e a
criteriosa validação das áreas ardidas e dos danos na floresta".
Lusa
Foto:impala
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