sábado, 3 de dezembro de 2016

CIENTISTAS RUSSOS ESTÃO A UM PASSO DA CURA DA CEGUEIRA


 
A cura da cegueira está próxima. Quem o garante é o Centro de Análises Clínicas de Medicina Físico-Química da Rússia, cujos cientistas afirmam ter cultivado retinas, com sucesso, através da reprogramação de células.
Segundo um estudo publicado esta quarta-feira no jornal russo Izvestia, um primeiro transplante de testes será realizado em 2017.
Com a ajuda de novas tecnologias, cientistas planeiam realizar posteriormente estudos também no uso de células reprogramadas no tratamento da doença de Parkinson.
A reprogramação de células é um fenómeno bastante recente na ciência.
O professor Signa Yamanaka, investigador da Universidade de Quioto e prémio Nobel em 2012, descobriu a capacidade única de células humanas de determinados tecidos, como a pele, de mudar a sua estrutura para o estado embrionário.
As células-estaminais podem também dar origem a quase todo o tipo de tecido.
Segundo os cientistas do CAC MFQ – Centro de Análises Clínicas de Medicina Físico-Química da Rússia, é agora possível criar uma retina a partir dos fibroblastos da pele.
Esta operação permitirá tratar, em primeiro lugar, pacientes que estão a perder a visão devido a degeneração macular genética, doença que causa a cegueira em pessoas com mais de 55 anos.
O tecido mais fácil de usar na reprogramação de células é a pele, porque a realização da biopsia não causa danos graves ao paciente, e as células multiplicam-se significativamente.
Mesmo havendo alguns tratamentos que retardam o progresso da cegueira, os pacientes com degeneração macular genética começam a cegar entre 20 e 30 anos, – não havendo, até agora, tratamento eficaz contra ela.
Segundo o chefe do Laboratório de Tecnologias Biomédicas do CAC MFQ, Sergei Kiselev, testes clínicos de transplante de retina estão a ser realizado astualmente nos EUA e na Europa.
Foram também realizados no Japão, antes de serem temporariamente suspensos devido a mudanças na legislação, mas o país pretende continuar com o desenvolvimento da técnica em 2017.
Mesmo havendo tratamentos que retardam o progresso da cegueira, os pacientes com degeneração macular genética começam a cegar entre os 20 e 30 anos, pois não há, até agora, um tratamento definitivo contra a cegueira.
A técnica poderá também ser usada para o transplante de neurónios humanos, que, juntamente com um procedimento da correcção de genoma, ajudará no tratamento de pacientes com a doença de Parkinson.

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