O que se cortou no SIRESP// Pinho sobre a EDP// Coisas boas para fazer

David Dinis, Director

O Parlamento alemão aprovou legalização do casamento homossexual, no último dia da legislatura. 

A UE formou uma "frente comum" para pressionar Trump. Reunidos em Berlim, sete líderes europeus acertaram as críticas a fazer no próximo G20 às políticas ambientais e comerciais do Presidente americano.

O decreto anti-imigração de Trump entrou em vigor. Para já, dos seis países de maioria muçulmana incluídos no decreto, só os familiares directos de pessoas nos EUA poderão entrar no país. Avós e netos estão excluídos.

Um detido em Paris por tentar atropelar multidão junto a mesquita. O suspeito tentou o atropelamento várias vezes, mas foi impedido pelas barreiras colocadas no local. Polícia diz que não houve feridos.

Luís Filipe Vieira disse que "o principal bruxo é Rui Vitória". E disparou sobre os rivais: "O Benfica foi brindado com uma sucessão de acusações, todas elas falsas e infundadas", afirmou, garantindo que na Luz "não existem actos praticados à margem da lei".

Notícias do dia

Manuel Pinho pode ser o nome mais referido do dia. O ex-ministro foi chamado pela PJ, para ser ouvido no âmbito da investigação à EDP - dizendo o Jornal Económico que já será ouvido na condição de arguido. Hoje, escreve um artigo aqui no PÚBLICO, sobre os preços da electricidade, o favorecimento à EDP e também sobre o polémico curso onde dá aulas nos EUA. Entre outras coisas, diz isto: “Sempre tive o cuidado de nunca me envolver profissionalmente com a EDP”; “Ter exercido um cargo político continua a envolver custos enormes para mim”. Para ler e registar neste link.

Dos incêndios há também muitas notícias.O SIRESP, que volta à nossa manchete, porque percebemos agora como dois governos (o de Santana e o de Sócrates, quando António Costa era MAI) baixaram os custos com este negócio: cortando nos meios que estavam previstos. E percebemos também que o Tribunal de Contas censurou três governos no arranque do sistema. E que Costa dispensou o período experimental, por estarem "acautelados os objectivos". Tudo contado aquipelo Paulo Pena e Ana Brito. Ainda sobre o SIRESP, o DN acrescenta que continuam escondidas as cláusulas da última renegociação. O Negócios diz-nos que o Estado recusou a venda do sistema a outro privado; E o Jornal Económico diz que vai custar mais 200 milhões até 2021.

Mas há mais: a investigação que só terá resultados após as autárquicas (e que não terá acesso a informação em segredo de justiça); um debate parlamentar com testemunhos emocionados, perguntas e acusações; a Protecção Civil Protecção a devolver críticas ao MAI; e a certeza, agora, de que os dois comandantes de Pedrógão entraram este ano na Protecção Civil.

Mas o Governo tem mais problemas para resolver. uma espécie de greve aos partos que já foi para a Justiça; as negociações falhadas com os magistrados (que fizeram pré-aviso de greve); outro aviso de greve dos oficiais de Justiça; e uma greve em curso dos técnicos de diagnóstico.

Isto para não falar do material de guerra furtado em Tancos, incluindo granadas de mão ofensivas e munições de calibre 9 milímetros. O DN acrescenta que não há videovigilância por lá há dois anos.

Em curso está a negociação sobre os precários. Com mais uma cedência do Governo, uma justificação para o risco de descida de salários. E uma espada que pende sobre o processo: os que não concorram à integração no Estado serão obrigados a sair.

Outro problema é o surto de tuberculose num colégio de ensino especial, que o PÚBLICO hoje noticia. Já há seis casos confirmados e dezenas de pessoas em tratamento para não desenvolver a doença. A Direcção-Geral da Saúde garante que não é necessário fechar o estabelecimento.

E depois há este problema diferente, a do "psicólogo da TVI", que volta a ser alvo de queixas pelas coisas que diz em directo. A Ordem, na verdade, tirou cédula a Quintino Aires, mas decisão está suspensa em tribunal, conta a Ana Dias Cordeiro.

A agenda de hoje

• É o último dia para os trabalhadores precários do Estado pedirem para que seja regularizado o seu vínculo junto da administração pública;
• O FMI conta as suas impressões sobre Portugal, depois da deslocação ao nosso país para fazer uma avaliação ao abrigo do chamado "artigo IV";
• O INE confirma a taxa de desemprego para abril, que se estima ter ficado nos 9,8%, o valor mais baixo desde 2009;
• A assembleia-geral da TAP reúne-se em Lisboa para eleger o novo Conselho de Administração

Outras coisas boas (para fazer)

1. Uma viagem inesquecível (no Porto) sobre a vida. Ia começar a falar-lhe dela, mas a Andrea é muito melhor a fazê-lo: "Às vezes, como esta, entramos num espaço e saímos dele com a cabeça invadida por imagens e sensações. Um esqueleto de uma baleia suspenso num átrio, um cubo de vidro cheio de ovos de vários tamanhos e cores, outro cubo transparente com miniaturas de todas as raças de cães que há no mundo, cheiro de morango ou canela ou outra coisa qualquer, o som do coração de um rato, Charles Darwin sentado numa sala com dois coelhos ao colo em cima de uma almofada, Sophia de Melo Breyner numa secretária a escrever e que surge como uma lindíssima silhueta se a espreitarmos do átrio. E tantas, tantas outras. Estão todas dentro de uma casa que se chama Galeria da Biodiversidade, da Universidade do Porto (UP), e que é inaugurada esta sexta-feira." Para entrar, é só abrir esta janela.

2. A outra música dos outros festivais de verão. Sabendo que estão a chegar os festivais mais populares, a Cristina Fernandes olhou para o lado e lembrou-se de fazer um trabalho que faltava: contar o que aí vem nos festivais dedicados à música clássica. Há tanta coisa boa para ouvir - e tão espalhada pelo país - que o difícil é escolher (e, claro, diversificar). Vamos lá?

3. O teatro será para todos ou não será. O Festival de Almada abre na terça-feira com Apre!, melodrama burlesco de Pierre Guillois, retomando a bandeira esquecida (e escarnecida) do teatro popular. Não será o único espectáculo desta edição a fazer-se ao palco sem a tralha das palavras – e a querer falar para o grande público, mas por outros meios. A Inês Nadais bate as pancadas de Moliére, para dar o mote à capa do ípsilon, onde tem muito mais para descobrir: como Paterson, o filme mais sereno de Jim Jarmush; Paris Pode Esperar, o filme da mulher de Coppola; o mais novo álbum de Tito Paris, descoberto pelo Nuno Pacheco; ou a reedição de Purple Rain, de Prince, um luxo redescoberto pelo Vítor Belanciano. É comprar - ou esperar e entrar por aqui.

Só mais um minuto...

"Viva o porco, perdão, o Porto", escreve a Luísa Pinto, avisando que no domingo vai para o ar na CNN o programa de Anthony Bourdain sobre a cidade. Online, já se antecipa muito do que se poderá ver: há todo um elogio à cidade, que está "ainda mais bonita do que há 12 anos", há saltos para o rio, há passeios, há vinho, há francesinhas. E, claro, as inevitáveis tripas. Ora veja e... orgulhe-se.

É de Lisboa e ficou com inveja? Não tem porquê: o mais estrelado chefespanhol vai abrir um restaurante no topo da Torre Vasco da Gama, conta a Mara Gonçalves. E ainda este ano.

Agora que já distribuí as boas novas, resta-me a despedida. Se precisar de ajuda no fim-de-semana, tem aqui o Guia do Lazer, as Estreias de Semana,  também o Cinecartaz - e a Fugas, que virá amanhã mais bonita. Se já estiver a preparar as férias, deixo-lhe 40 ideias para a checklist de viagem. 

Aproveite o bom tempo, tenha um dia feliz e um óptimo fim-de-semana. Até segunda!