Enquanto dormia...
... já houve protestos violentos com alguns feridos em Hamburgo, onde hoje começa o G20. Tudo (ou quase) vai girar à volta de Trump, que terá o seu primeiro frente a frente com Putin. A CNN antecipa assim a tensa reunião. E o The New YorkTimes chama-lhe em editorial um encontro ao mais alto nível de... testosterona. Na Polónia, o presidente americano não foi simpático para o russo, mas a visita ficou marcada pela forma como a primeira dama polaca o pôs no lugar.
O outro protagonista (ainda que ausente) será Kim Jon-un. O perigo do líder da Coreia do Norte está na forma como no país se comemorou o lançamento do primeiro míssil intercontinental e na revelação das fontes de financiamento (via WSJ) do ditador: entre elas, o aluguer de imóveis na Europa.
Por cá, um grupo de apoio a Rui Rio vai avançar com umaproposta para primárias no PSD. O partido vai mudar já dia 14 de líder parlamentar: entre os candidatos a substituir Luís Montenegro estão Marco António Costa e talvez Hugo Soares.
Depois dos fogos, as enxurradas. O concelho de Góis foi atingido por chuva intensa, as ribeiras galgaram margens, limparam as cinzas e levaram água da "cor de alcatrão" para dentro de casas. Mas o mau tempo fez estragos também a norte.
Apesar da chuva de ontem (e talvez de hoje), o país está numa situação de "seca gravíssima" o que obrigou a ativar a Comissão de Seca e a preparar planos de contingência, diz o secretário de Estado do Ambiente à TSF.
E há menos seus bebés a nascer por dia em Portugal.Após dois anos de crescimento consecutivo, no primeiro semestre, registaram-se menos 1069 nascimentos, diz o JN
Outra informação importante
Afinal como está o Governo depois dos caos de Pedrógão Grande, do escândalo de Tancos e da polémica das cativações? Há ministros no vermelho e outros que parecem estar completamente a salvo. O barómetro é do Miguel Santos Carrapatoso.
Sobre Tancos, o chefe do Estado-Maior do Exército foi ontem ouvido à porta fechada no Parlamento.Responsabilizou os comandantes suspensos por "erros inadmissíveis" e "desleixo" e disse sentir-se "humilhado", mas ilibou os políticos e não se demitiu. Hoje será ouvido o ministro da Defesa e há uma vigília de sargentos frente a S. Bento.
Nos jornais, o Público diz que o nível de alerta em Tancos era o mais baixo no dia do assalto e o DN acrescenta que a polícia acha que as armas ainda estão em Portugal.
Sobre Pedrógão Grande, as 25 respostas de António Costa às 25 perguntas do CDS trouxeram duas grandes revelações: a primeira foi de que a 'estrada da morte' só foi fechada depois de terem sido descobertos os primeiros corpos (aGNR nem tinha rede, diz o CM); e a segunda que a Protecção Civil demorou a evacuar algumas aldeias. A Liga dos Bombeiros já desmentiu o governo. Mas Costa mantém mesmo assim a confiança na ministra.
Constança Urbano de Sousa anunciou aliás várias medidas de apoio para as áreas ardidas e para as vítimas (ainda há 19 feridos internados, 4 são bombeiros). Foram também divulgados vídeos que mostram como os raios e as nuvens cúmulo-nimbo chegaram a Pedrógão quando o fogo já lavrava há horas. Marcelo aprovou entretanto a comissão independente de investigação com alguns 'mas': e o próprio PS também fez os seus alertas... defensivos.
(um aparte: o incendiário que há um ano ateou o fogo que causou três motos na Madeira foi condenado a 14 anos de prisão)
Sobre as cativações históricas de Centeno, a polémica prolongou-se. Mariana Mortágua voltou a fazer duras críticas em nome do Bloco (pela primeira vez apareceu o termo 'enganada'), o PSD falou num Governo "manhoso" , o PS sentiu necessidade de afirmar que PCP e BE mantêm a confiança na 'geringonça'' e o governo atacou... o anterior governo.
Duas notícias tristes: Francisco Varatojo, diretor do Instituo Macrobiótico de Portugal, desapareceu no mar quando praticava mergulho; e um soldado português da missão da ONU na República Centro-Africana foi ferido a tiro.
Em França, o plano de preservação ambiental do governo de Macron foi anunciado. A medida mais emblemática é o fim de carros a diesel e gasolina até 2040.
Os nossos especiais
Guntram Wolff, diretor do Bruegel, o mais influente "think tank" de Bruxelas, diz que "as regras do défice europeias são cada vez mais um processo politicamente penoso, que traz pouco retorno". A entrevista é do Nuno André Martins.
As comissões dos bancos são sempre uma surpresa. E estão a aumentar. Mas há 14 bancos que pagam juros sobre as contas à ordem. Será que valem a pena, David Almas?
São históricas, mas estão cada vez mais novas. Ou renovadas. Marcas portuguesas como a Claus Porto, a Benamôr, a Couto ou a Confiança apostaram em novos produtos e na modernização. A Helena Magalhães conta o que têm agora para oferecer.
A nossa opinião
- Rui Ramos escreve sobre as cativações em "O ilusionista desmacarado": "Esta é a ocasião de restituir verdade ao debate político, e de admitir que, ao contrário do que disse a actual maioria, não há escolhas sem custos e sem riscos. As "cativações" tiveram um preço". Tem também a opinião em vídeo.
- José Milhazes escreve sobre o primeiro encontro Trump-Putin no G20: "Trump e Putin são mestres em “fazer surpresas”, mas não são de esperar resultados palpáveis deste encontro, mas apenas promessas de cooperação na solução dos graves problemas do mundo".
- Miguel Tamen escreve sobre quem somos: "Nem sempre nos lembramos de quem somos; de tudo o que fizemos; e de todos os pormenores das nossas vidas. O que quer dizer que somos muito mais do que aquilo de que nos lembramos".
Notícias surpreendentes
Três importantes notícias de ciência. No CERN, os cientistas do acelerador de partículas europeu descobriram uma nova partícula mais pequena que um átomo; também já se sabe porque é que alguns medicamentos funcionam em ratos e não nos humanos (e acredite que isto é muito importante); e há mais uma importante descoberta portuguesa: a da origem de uma doença degenerativa grave.
O Conversas à Quinta desta semana deixou uma montanha de sugestões de livros para as férias. José Manuel Fernandes, Jaime Gama e Jaime Nogueira Pinto fizeramum programa especial para quem gosta de ler.
Em Londres, um concerto dos Green Day ficou marcado pelo que aconteceu imediatamente antes da banda entrar em palco. 65 mil pessoas entoaram, afinados, o Bohemian Rhapsody dos Queen. Freddy Mercury teria orgulho, garanto-vos.
Mais música. Começou o Alive e a equipa do Observador conta como foi o primeiro dia:
- Eis a explicação porque pagam balúrdios aos The Weeknd.
- As críticas dos concertos estão todas reunidas aqui.
- Na moda, pode conferir os diversos estilo dos festivaleiros.
Para acabar, deixo-o com 40 das grandes fotos que querem ganhar o concurso da National Geographic para a melhor imagem de viagens. O difícil será escolher.
Trocadilho fácil: o Observador é a escolha certa para se manter bem informado e sempre a par das últimas sugestões
Boa sexta-feira e bom fim de semana
Nota final. O Observador tem novos podcasts: já pode ouvir os comentários de Rui Ramos e José Manuel Fernandes e as análises do BICA.
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