Por Joana Figueira
O número de funcionários do Fundo de Segurança Social (FSS) vai mais do que duplicar. A reestruturação orgânica foi ontem anunciada em Conselho Executivo e é justificada pelo Governo com o aumento do volume de trabalho, mas também dos capitais associados ao organismo.
Um aumento de 66 para 167 pessoas. O quadro de funcionários do Fundo de Segurança Social (FSS) vai engordar de forma considerável, anunciou ontem o Governo. Concluída que está a discussão do projecto de regulamento administrativo relativo à organização e funcionamento do Fundo de Segurança Social, soube-se ontem que o organismo vai crescer, tanto em termos estruturais, como no que diz respeito ao número de quadros administrativos. A reorganização orgânica do FSS prevê a criação de mais um cargo de vice-presidente, a inclusão de mais um departamento e ainda de quatro novas divisões. O alargamento, explicou o porta-voz do Conselho Executivo, Leong Heng Teng, deve-se ao aumento do volume de trabalho do Fundo de Segurança Social nos “domínios de gestão do orçamento e dos recursos humanos e materiais”.
O alargamento do número de funcionários para mais do dobro “visa, nomeadamente, a execução dos trabalhos relacionados com a implementação do sistema geral de contribuições no âmbito do Regime da segurança social de primeiro nível e com a implementação do novo Regime de previdência central de segundo nível”, explicou Leong Heng Teng, em conferência de imprensa realizada na sede do Governo.
O porta-voz sublinhou ainda que o alargamento esta quinta-feira anunciado tem também como fim concretizar “um conjunto de trabalhos complementares, decorrentes das novas competências, relacionados com tecnologias informáticas, actividades publicitárias e promocionais, assuntos jurídicos e de investimento, entre outros”.
A reestruturação orgânica do Fundo de Segurança Social implica, para além da criação de um segundo cargo de vice-presidente, o aparecimento de uma nova estrutura departamental. Ao Departamento do Regime de Previdência Central compete, como o próprio nome indica, executar o regime de previdência central. A nova estrutura, adiantou Leong Heng Teng, compreende quatro divisões: a Divisão de Relações Públicas e Apoio Técnico, a Divisão de Assuntos Gerai do Regime de Previdência, a Divisão de Gestão de Contas do Regime de Previdência e a Divisão de Assuntos de Investimentos.
Também presente na conferência de imprensa do Conselho Executivo, Iong Kong Io, presidente do conselho de administração do Fundo de Segurança Social, salientou que os trabalhadores vão ser “transferidos ou mobilizados” e que no futuro vai ser analisado o funcionamento da estrutura, nomeadamente no que diz respeito a aspectos como “a perda de trabalhadores ou sobre o volume de trabalho”.
A possibilidade do FSS poder vir a contratar mais funcionários está dependente do “desenvolvimento dos trabalho”, explicou Iong Kong Io: “O Regime de previdência não obrigatória vai entrar em vigor no dia 1 de Janeiro do próximo ano. Importa também ter em conta a tendência de desenvolvimento do Fundo”, referiu. O dirigente reconheceu que “no futuro pode ser necessário” proceder ao recrutamento de novos trabalhadores, nomeadamente para as “áreas de logística, gestão e técnica”.
Em finais de 2016, os activos do Fundo de Segurança Social eram de 70,2 mil milhões de patacas e o montante do Regime de previdência central de 14,9 mil milhões, indicou Iong Kong Io. “O Fundo de Segurança Social precisa de gerir mais de 85 mil milhões de patacas”, afirmou.
Fonte: Ponto Final Macau
Nenhum comentário:
Postar um comentário