Uma ribeira inundou hoje duas casas em Álvares, no concelho de Góis, Coimbra, obrigando a Câmara Municipal a rebentar um dique para evitar danos mais graves, disse à agência Lusa a autarca Lurdes Castanheira.
Na sequência das fortes chuvadas que caíram durante a tarde na zona da Serra da Lousã, a enxurrada na ribeira do Sinhel galgou as margens na praia fluvial de Álvares e inundou uma casa habitada e a garagem de outro edifício.
A força da torrente de água, lama e pedras que desceu das encostas foi anómala devido à intensa pluviosidade na região, geralmente associada a trovoada e granizo, mas também pelo facto de os espaços florestais de Álvares terem sido devastados por um incêndio, em meados de junho.
Com o nível das águas a subir naquele afluente do rio Unhais, entre as 17:00 e as 18:00, os serviços municipais "tiveram de rebentar o dique para que mais casas não fossem inundadas", informou Maria de Lurdes Castanheira.
A presidente da Câmara de Góis, no distrito de Coimbra, disse que a cheia danificou também duas eletrobombas do sistema de abastecimento público, deixando "cerca de uma centena de pessoas sem água" nas próximas horas, na sede da freguesia de Álvares.
"Uma brigada da Câmara Municipal encontra-se no local. Vamos tentar repor a normalidade no abastecimento de água durante a noite", disse.
A área verde da praia da ribeira do Sinhel esteve também inundada durante algum tempo e os Bombeiros Voluntários de Álvares tiveram de intervir.
O mau tempo, com trovoadas e granizo, causou igualmente inundações e derrubou árvores nos municípios vizinhos da Lousã e de Miranda do Corvo, tendo destruído culturas agrícolas, disseram fontes da Proteção Civil.
O mau tempo originou inundações na via pública, nestes dois concelhos, além de ter inundado uma habitação na Lousã.
A Lusa verificou na zona que diversas hortas, vinhas, pomares, milheirais e batatais foram destruídos pelo granizo e que a água inundou diversos campos.
Fonte: Lusa
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