Bom dia. O Expresso Curto, por Pedro Santos Guerreiro, traz Paul Krugman e o “desastre completo” que diz não ser exatamente isso mas sim muito mau. Qual quê? Foi (é) a tempestade perfeita arquitetada por 1% dos mais ricos a nível global a fim de roubarem os outros 99%.
Isto, "a crise", foi e é uma guerra contra a humanidade; mas nisso a ONU não interfere, só em guerrinhas aqui e ali se o patrão EUA permitir – mesmo assim tem de lhe convir. Se acaso não existissem políticos suínos a nível global, que não defendem os interesses das populações que deviam representar, as grandes potências que põem e dispõem na ONU não teriam a primazia de decidir por todos e contra os interesses de 99% da população mundial. Mas não. O chiqueiro na ONU é a gamela principal onde arquitetam como tornar este mundo pior querendo dar a aparência de que combatem exatamente o contrário e torná-lo melhor. Uma ova. Os offshores, por exemplo, é caso mais que justificável para ser abordado na ONU e acabar com eles… Qual quê!
Krugman vem responsabilizar a União Europeia e a austeridade que impôs. Sim, tiveram e têm muita responsabilidade a nível da Europa, mas isso só por agirem de acordo com os interesses dos tais 1% que detêm as riquezas produzidas a nível mundial. A guerra tem de ser virada contra esses e não contra as populações manipuladas pelos governos dos países onde políticos chafurdam também nos chiqueiros da ganância e se conluiam nos roubos às populações. Eleitos ou não eleitos, em regimes ditatorias, esses subvertem a democracia, a justiça, as liberdades, os direitos e oferecem impunidades aos que cometem os crimes económicos e financeiros contra a humanidade.
Este caos é mais profundo que aquilo que querem demonstrar e parece que não há quem se disponha a combatê-lo. Nem ao menos denunciar e organizar uma frente de combate a esses tais 1% que põem e dispõem, nem às franjas desses tais 1%. Impera a ganância, impera o ao menos ficar com algumas migalhas que são distribuídas aos políticos suínos dos países que levam os seus povos e países à submissão.
A responsabilidade disso na União Europeia é enorme mas esta realidade e guerra económica-financeira é global e a ONU devia tomar a sua posição e agir em defesa de todos que neste planeta estão a ser roubados, inclusive nas suas vidas. Krugman tem de ir muito mais fundo e olhar para os EUA como o principal mentor e criminoso global, o verdadeiro Império do Mal que nos domina.
Tenham um bom dia. Se conseguirem. (MM / PG)
Bom dia, este é o seu Expresso Curto
Pedro Santos Guerreiro – Expresso
“Não é um desastre completo, é só muito mau”
Paul Krugman is in the house, veio a Portugal e deu entrevistas em que, em coerência com posições anteriores, criticou a política europeia de austeridade e pediu margem para o nosso país. O que aconteceu em Portugal “não é um desastre completo, é só muito mau”, diz em entrevista ao Negócios e à Renascença.
"O debate sobre os resultados da austeridade acabou. A austeridade esmagou o crescimento económico. As provas são hoje claras”, diz. “Foi como se estivessem a bater com o martelo na cabeça das pessoas”, afirmara já ontem o economista.
Bom, mas “Portugal não tem muito espaço orçamental”, pelo que “não pode ter um programa de estímulo orçamental”, mas o espaço que há é para usar. “É preciso dar a este governo a oportunidade para ver se consegue melhorar um bocadinho a situação, dentro das regras”, afirma Krugman em entrevista à SIC.
Repetindo otimismos de ministros da Economia passados, Caldeira Cabral diz, citado pelo no Negócios, que "já se notam sinais de retoma". No Diário de Notícias, João César das Neves atira-se ao ar: “Portugal estagnou. Investimento e poupança em mínimos históricos, banca em momentos aflitivos, crescimento anémico. Em certas dimensões estamos pior do que em 2008 ou 2011. O mais espantoso é como dirigentes e analistas parecem ignorar o desastre em progresso”
O mesmo jornal titula que “só os ricos é que poupam”, a partir de dados do Banco de Portugal. Os portugueses poupam cada vez menos mas 80% da poupança é gerada pelos 20% de famílias com rendimentos mais elevados.
"O debate sobre os resultados da austeridade acabou. A austeridade esmagou o crescimento económico. As provas são hoje claras”, diz. “Foi como se estivessem a bater com o martelo na cabeça das pessoas”, afirmara já ontem o economista.
Bom, mas “Portugal não tem muito espaço orçamental”, pelo que “não pode ter um programa de estímulo orçamental”, mas o espaço que há é para usar. “É preciso dar a este governo a oportunidade para ver se consegue melhorar um bocadinho a situação, dentro das regras”, afirma Krugman em entrevista à SIC.
Repetindo otimismos de ministros da Economia passados, Caldeira Cabral diz, citado pelo no Negócios, que "já se notam sinais de retoma". No Diário de Notícias, João César das Neves atira-se ao ar: “Portugal estagnou. Investimento e poupança em mínimos históricos, banca em momentos aflitivos, crescimento anémico. Em certas dimensões estamos pior do que em 2008 ou 2011. O mais espantoso é como dirigentes e analistas parecem ignorar o desastre em progresso”
O mesmo jornal titula que “só os ricos é que poupam”, a partir de dados do Banco de Portugal. Os portugueses poupam cada vez menos mas 80% da poupança é gerada pelos 20% de famílias com rendimentos mais elevados.
OUTRAS NOTÍCIAS
Marcelo afirma-se “filho devotado” de Moçambique, sua “segunda pátria”, onde está em visita oficial. Ontem, apoiou o governo de Filipe Nyusi, no conflito que o opõem à Renamo, condenando “inequivocamente” a violência política. “Boas-vindas De Sousa, nós estamos bem de saúde”, cantaram-lhe (o que não é exatamente verdade, nota o Filipe Santos Costa). Doadores internacionais suspenderam as ajudas ao país para “esclarecimento de situações".
Pedro Nuno Santos serenou na RTP 3 a reação à moção de estratégia em que o Bloco de Esquerda pede uma "nova estratégia para o país", dizendo que se o governo não mudar a sua a maioria parlamentar pode estar em risco. "O Governo está tranquilo”, disse o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares”.
Não há qualquer processo para afastar Carlos Costa, repetiu o secretário de Estado do Tesouro, mas Ricardo Mourinho Félix mantém: "houve falha grave" na transmissão de informação pelo governador do Banco de Portugal sobre a questão de liquidez do Banif .
A abertura da ADSE aos cônjuges dos funcionários públicos só será decidida quando arrancar o novo modelo da ADSE, noticia o Negócios. A decisão será dos beneficiários.
Em Inglaterra é a meio da semana: as eleições locais e regionais decorrem hoje, num dia em que o homem-sensação poderá ser o trabalhista Sadiq Khan. “Vai Londres eleger o seu primeiro presidente da Câmara muçulmano?”, questiona a Atlantic. Estas eleições são o primeiro grande teste para a liderança de Jeremy Corbyn, como nota o New York Times. Há muito em jogo, até porque não é uma eleição, são muitas: cargos municipais, para a polícia, na Escócia, no País de Gales… a BBC explica em detalhe aqui. Mas, sobretudo, porque depois de cortes nos serviços públicos e nos subsídios, e com a luta política pelo referendo do Brexit, estas eleições são vistas como um teste para o Labour poder ou não derrotar os “tories” nas eleições gerais. A acompanhar com atenção. Muita.
Declarado o estado de emergência em Alberta, no Canadá. Um incêndio de proporções gigantescas obrigou à evacuação de mais de 80 mil residentes de Fort McMurray, onde 1600 edifícios foram destruídos, conta o The Guardian.
A venda de carnes processadas diminuiu 30% em Portugal nos últimos seis meses, ou seja, desde que a OMS as incluiu na categoria de substâncias cancerígenas, revela o Jornal de Notícias.
Os adeptos do Benfica fizeram uma fila de centenas de metros para comprar bilhetes para o último jogo do campeonato de futebol, que lideram a duas jornadas do fim (reportagem da SIC). Se vencer os jogos que lhe faltam, contra o Marítimo e o Nacional, o Benfica não só será campeão como alcançará 12 vitórias consecutivas na Liga, com que Rui Vitória superará a melhor série da vigência de Jesus na Luz, explica A Bola. Já o Sporting está a quatro golos de fazer história: desde 73/74 (quando Yazalde marcava que se fartava) que o clube não ultrapassa a barreira dos 105 numa época. As contas são do Record, que hoje publica também uma reportagem sobre treinadores no desemprego.
Morreu Paulo Paraty, vítima de doença cancerígena. O ex-árbitro tinha 53 anos. “Apanhaste-me desprevenido. Apanhaste-nos a todos”, escreve Duarte Gomes, num testemunho emocionado. “Somos assim. Tão humanamente estúpidos. Tão estupidamente humanos.”
A Champions League vai para Madrid. Ou para o Atlético ou para o Real. O clube de Ronaldo ganhou ao Manchester City e está na final da Liga dos Campeões, em que vai defrontar o Atlético de Madrid, repetindo o jogo de 2014, de Lisboa. “Tu sabes que um jogo é mau quando acaba 1-0 e o golo foi um autogolo”,escreve o Pedro Candeias, sobre o encontro de ontem.
As notas de 500 euros têm os dias contados, deixarão de ser produzidas a partir de 2018. Porque facilitam atividades ilícitas. Ou seja, pagamentos não declarados.
Burocracia e lentidão na justiça? Sim, na Índia. Há mais de 27 milhões de processos judiciais pendentes nos tribunais,relata o The Guardian.
Dilma Rousseff vai "continuar a lutar para voltar ao governo se o pedido de destituição for aceite", afirma ementrevista à BBC. "Sim, eu acredito, de facto, que sou uma vítima.”
“Os ingleses levaram o nosso filho”. É a capa da Visão de hoje, sobre casais portugueses que tentam recuperar os filhos retirados pela segurança social britânica: 47 crianças em 16 meses. Pode ver aqui o vídeo.
Os salários reais estagnaram em 2015, explica o Negócios. Mesmo se o salário mínimo aumentou e a Função Pública viu parte dos cortes devolvidos.
O assessor mais bem pago do governo ganha quase 7000 euros, relata a Visão, numa análise ao pessoal dos gabinetes ministeriais.
Em quatro meses, o Governo de António Costa nomeou 273 dirigentes em regime de substituição, mecanismo que permite preencher temporariamente cargos públicos que estejam vagos, conta o Público.
A revista Sábado faz 12 anos.
O alojamento para turistas está a fazer disparar as rendas,avisa a associação dos mediadores imobiliários APEMIP, no Negócios.
As esplanadas de Lisboa vão passar a fechar à meia-noite,anunciou a Câmara (na SIC). A regra terá exceções. Pelo o direito ao descanso. Os empresários da restauração estão contra.
É agora que esmagamos o Daesh?, pergunta e responde o Hugo Franco no 2:59 de hoje.
Quatro depoimentos recolhidos pelo Observador mostram a rutura de abastecimento de comida, eletricidade, água ou remédios naVenezuela, “o país onde é mais difícil encontrar açúcar do que ouro”.
Harvard e MIT são as universidades mais prestigiadas do mundo. Das cem instituições da lista da Times Higher Education, 47 são americanas, 10 inglesas, 18 são asiáticas. Portugal não está na lista.
Quer saber como apagar Malware (“software” malicioso) do seu computador? A Exame Informática explica.
FRASES
“A União Bancária é um aborto”. João Salgueiro, na RTP, citado pelo Observador.
"Acredito que para Frankfurt seja mais simples e dê mais segurança ver os bancos portugueses num contexto ibérico - parece haver vontade de passar o centro estratégico de decisão de Lisboa para Madrid", Carlos Silva, presidente do Millennium Atlântico, no DN.
“Se o país não crescer, ou se crescer o mesmo do que em 2015 mas com mais despesa pública (…), onde está essa espetacular mudança de estratégia económica e política que António Costa trazia consigo?” João Miguel Tavares, no Público.
“Chamaram-me vigarista e talibã. Recuso-me descer a este nível”,José Rodrigues dos Santos, sobre as críticas vindas do PS à sua explicação da subida da dívida pública. No i.
O QUE EU ANDO A LER
"Flectere si nequeo superos, Acheronta movebo", diz a deusa Juno a Jupiter, seu marido, na Eneida, poema épico de Virgílio. Numa tradução não literal, a frase significa: "Se não posso dobrar o Céu, então moverei o Inferno."
Falhando convencer Júpiter a deixar Eneias casar com Dido, Juno convoca o uma espécie de monstro do submundo, que desperta uma fúria sexual e de agressão militar entre o exército dos companheiros de Eneias.
A frase é também conhecida como um marco fundador da Psicanálise, por ser citada a abrir o livro "A Interpretação dos Sonhos", de Freud.
Usarei esta frase também num texto que será publicado amanhã no Expresso Diário. É que amanhã o Expresso Diário completa dois anos, com edições de segunda a sexta às 18 horas e com coletânea de melhores textos ao sábado.
Enquanto fechamos essa edição de amanhã, e a de sábado do semanário, continue com o Expresso no site e hoje às 18.
Tenha um dia bom.
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