Um tribunal tunisino condenou a um ano de prisão um pai que escreveu a palavra “mártir” na sepultura do filho, morto a tiro pelas forças tunisinas em 2014 e considerado um dos ‘jihadistas’ mais perigosos do norte de África.
Segundo divulgou o diário local Al Chouruk, Taieb Gadhgadhi, pai de Kamel Gadhgadhi, foi considerado culpado de enaltecimento ao terrorismo.
Kamel Gadhgadhi foi morto a tiro pelas forças de segurança da Tunísia a 4 de fevereiro de 2014, durante uma operação do exército na localidade costeira de Raoued, nos arredores da capital tunisina de Tunes.
Durante a operação, outros seis suspeitos perderam a vida.
Aluno brilhante, Kamel Gadhgadhi foi expulso dos Estados Unidos, onde estava a estudar, após os atentados de 11 de setembro de 2001, por alegadas ligações a grupos extremistas.
Segundo os serviços de informações tunisinos, Kamel Gadhgadhi regressou a Tunes e juntou-se a grupos radicais.
Após a revolta popular de 2011, que ditou a queda do regime de Zinedine al Abidine Ben Ali e que lançou a chamada Primavera Árabe, Kamel Gadhgadhi integrou as fileiras dos comandos ‘jihadistas’.
A polícia associou-o aos assassínios, em 2013, de Chokri Belaid e Mohamed Brahmi, dois políticos tunisinos, e a ações de combate nas montanhas de Chambo, uma zona fronteiriça com a Argélia que foi transformada num local de reunião e num centro de formação para ‘jihadistas’ oriundos do norte de África.
/Lusa
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