O
secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)
afirmou hoje, em declarações à Lusa, que o seu sucessor será
"provavelmente" a governadora do banco central de São Tomé, Maria do
Carmo Trovoada Silveira.
"É o nome que São Tomé
apresentou", mas "oficialmente ainda não temos aqui a
indicação", disse Murade Murargy à Lusa na sede da CPLP, em Lisboa.
Embora a escolha de Maria do Carmo
Trovoada Silveira não seja ainda oficial, Murade Muragy adiantou que o seu nome
já foi abordado nas reuniões internas da organização.
Maria do Carmo Trovoada Pires de
Carvalho Silveira é governadora do banco central de São Tomé e Príncipe desde
2011, tendo já sido também primeira-ministra e ministra das Finanças de São
Tomé e Príncipe.
A escolha do próximo secretário
executivo, que na prática age como líder da CPLP, esteve envolta em polémica,
com Portugal e São Tomé e Príncipe a reclamarem o direito de indicar o sucessor
de Murargy, cuja aprovação deve ser feita por unanimidade dos Estados.
Em março, na 14.ª reunião do conselho de
ministros extraordinário da CPLP, os chefes da diplomacia da organização
lusófona decidiram que o próximo mandato do secretário-executivo será de quatro
anos e a primeira metade caberá a São Tomé e Príncipe e a segunda metade será
assumida por Portugal.
Os estatutos da organização preveem que
o secretário-executivo seja indicado pelos Estados-membros, de forma rotativa,
por ordem alfabética crescente. Os mandatos são de dois anos, renováveis por
igual período.
Portugal considerava que, à luz dos
estatutos, lhe caberia agora indicar um nome para o secretariado-executivo, mas
alguns países, como Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe invocaram a
existência de um acordo verbal segundo o qual Lisboa não poderia candidatar-se
ao cargo por acolher a sede da organização.
MBA (EJ) // PJA/Lusa
Publicada por TIMOR AGORA
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