Romance
de João Morgado ganhou Prémio Literário Alçada Baptista
«É
um escritor de livros inovadores e reveladores da nossa história», disse o
Ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, referindo-se a João Morgado,
durante a cerimónia de apresentação do livro «ÍNDIAS», obra vencedora do Prémio
Literário António Alçada Baptista.
A
cerimónia decorreu no simbólico Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, sábado,
dia 15 de Maio, com organização da Câmara Municipal da Covilhã, entidade que
instituiu o prémio.
Num
tom coloquial, o Ministro da Cultura aproveitou para falar da sua experiência
pessoal como embaixador na Índia e, com algum humor, dirigiu-se mesmo aos
actores que tinham encenado “O Julgamento de Gama”*, dizendo: “D. Manuel I,
Majestade, sem querer influenciar o seu veredicto, eu conheci o Samorim de
Calicute… e sei o que se escreve e se ensina sobre Gama, o que por lá se diz de
bem e de mal…”.
O
escritor Sérgio Luís de Carvalho apresentou o livro, sublinhando que «ÍNDIAS»
apresenta ”um surpreendente rigor histórico” e o autor um “estilo muito
próprio, que nos remete para as narrativas Fernão Lopes, o grande cronista, mas
no ritmo e na estética do romance moderno”
Ausente
por razões profissionais, Guilherme d’Oliveira Martins, do Centro Nacional de
Cultura, gravou um testemunho em vídeo, onde descreveu o Prémio Literário como
uma iniciativa da maior relevância.
“Reconhecimento
a partir da memória de alguém que não pode nem deve ser esquecido. Cidadão
empenhado que contribuiu decisivamente para lançar as bases da democracia em
Portugal. Este prémio literário é uma homenagem legítima e uma recordação de
António Alçada Baptista.”
Luís
Filipe de Castro Mendes deixou também umas palavras sobre António Alçada
Baptista. O ministro, que conheceu pessoalmente, apresentando-o como “um homem
que vivia ironicamente, um homem com um grande prazer de viver. Desejava ouvir,
pensar e construir pontes”.
O
Presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, agradeceu às cerca de
100 pessoas presentes no auditório do Padrão dos Descobrimentos e fez a
apresentação da segunda edição do Prémio.
No
final houve ainda oportunidade para assistir a um filme de homenagem a António
Alçada Baptista, com imagens que têm início na Covilhã de 1927 e que resumem a
história, vida e obra deste escritor covilhanense, que dá nome ao Prémio
Literário.
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