Inaugurada em 14 de fevereiro, com a presença do presidente da Câmara Municipal
“Definir
o Indefinível” é o título da exposição de pintura de Mestre Adelino Ângelo que
está patente na Casa Municipal da Cultura de Cantanhede desde o passado sábado,
14 de maio. São cerca de 60 telas a óleo, constituindo uma síntese do universo
estético singular de um pintor que é considerado um dos maiores retratistas
portugueses, conforme sublinhou na cerimónia inaugural o presidente da Câmara
Municipal, João Moura.
Perante
Adelino Ângelo e os convidados presentes, o líder do executivo camarário
lembrou que “a exposição estava agendada desde que o artista plástico executou
os retratos de oito vultos históricos do concelho de Cantanhede que estão
expostos no salão nobre dos Paços do Concelho, na sequência das obras de
reabilitação a que o edifício foi sujeito”. Segundo o autarca, “os retratos
dessas figuras ilustres acentuam a dimensão simbólica do espaço em que se
desenrola o debate político no Município, o que constitui um bom pretexto para
esta iniciativa da Casa Municipal da Cultura em dar a conhecer a obra do seu
autor”.
Para
João Moura a exposição evidencia “uma interpretação peculiar de espaços ou
cenas e personagens de quotidianos específicos, quer na exploração da força
expressiva de um certo imaginário religioso”. A propósito das temáticas mais
recorrentes no universo artístico de Adelino Ângelo, “algumas paisagens e as
singulares representações de Cristo, mas sobretudo os ciganos, os velhos e os
mendigos, numa imagética de forte pendor sociológico”, o presidente da
autarquia cantanhedense destaca “a sensibilidade que capta a essência das
emoções humanas, transpondo-as para a tela de um modo que dá expressão sublime
aos aparentemente indecifráveis enigmas que elas encerram”.
Por
seu lado, o artista plástico agradeceu ao Município de Cantanhede o interesse
“em apresentar esta pequena retrospetiva da minha obra”, manifestando-se
reconhecido pela “simpatia e afeto com que sempre aqui fui tratado”.
Referindo-se à exposição “Definir o Indefinível”, Adelino Ângelo adiantou que
nela se pode “conhecer um pouco de uma pintura que formalmente assenta no
domínio do desenho e na conjugação da cor e da luz, mas que procura ir muito
mais além do que a simples representação de figuras ou situações”. O pintor
confessa a preocupação de dar aos seus quadros o que chama de “mistério de Adelino
Ângelo, traduzido na representação de uma leitura psicanalítica das
personagens, captando o que lhes vai na alma”.
Adelino
Ângelo nasceu a 8 de novembro de 1931, em Vieira do Minho. O seu talento para o
desenho e a pintura começou a ser notório desde a mais tenra idade, tendo
desenvolvido a partir daí um percurso artístico reconhecido nacional e
internacionalmente.
Autor
de retratos de mais de duas mil e duzentas personalidades ilustres, o pintor
distingue-se ainda pela singularidade da sua obra sobre os desvalidos do mundo
contemporâneo, os ciganos e os mendigos e os sem-abrigo, entre outras
personagens dominadas pelo sofrimento.
Com
obra representada em coleções de vários países Mestre Adelino Ângelo é o autor
dos quadros de figuras ilustres do Concelho de Cantanhede que estão expostos no
salão nobre dos Paços do Concelho.
“Definir
o Indefinível” estará patente ao público na Casa Municipal da Cultura de
Cantanhede até ao dia 10 de julho.
fonte:
GIRP 16 maio 2016
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