Jean-Pierre Luminet, diretor de Investigação do Centro Nacional de Investigação Científica de França acredita que se está “muito próximo”, no máximo 20 a 30 anos, de se obter uma prova da existência de outras formas de vida no Universo.
“Creio que estamos muito próximo – pode ser em alguns anos, no máximo 20 a 30 anos – de finalmente se ter a certeza, a prova definitiva de que outras formas de vida existem no Universo“, afirmou Jean-Pierre Luminet.
“Quase com toda a probabilidade, serão relativamente primitivas“, afirmou Luminet, em entrevista à agência noticiosa espanhola EFE.
Para o astrofísico francês, uma tal descoberta abrirá “um debate filosófico e científico e mudará a forma de pensar da Humanidade”.
Apesar de esse debate ser “muito mais importante” se a Terra receber “um sinal extraterrestre de uma civilização inteligente”, Jean-Pierre Luminet ressalvou que “uma bactéria é vida“.
Por isso, defende que “faz falta um trabalho de explicação ao público, para que o impacto da descoberta seja suficientemente importante”.
Há um mês, a agência espacial norte-americana NASA anunciou a sua maior descoberta de sempre:mais de 1.200 planetas fora do Sistema Solar, dos quais 9 reúnem condições para albergar vida.
Também os cientistas da missão Rosetta encontraram, pela primeira vez num cometa, glicina e fósforo– dois ingredientes-chave para a vida.
Ainda no mesmo mês, foi descoberta, no “berço das estrelas”, uma molécula essencial para a origem da vida: a molécula pré-biótica PO, que resulta da ligação química do fósforo (P) com oxigénio (O).
A molécula P-O tem um papel fundamental na formação da estrutura do ADN, ácido desoxirribonucleico.
Parece de facto iminente a descoberta de vida extra-terrestre. Apenas não será, provavelmente, uma forma de vida capaz de telefonar para casa.
ZAP / Lusa
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