O líder do PSD, Passos Coelho, considerou este sábado um “escândalo total” a demissão dos presidentes das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve e do Norte, acusando o Governo socialista de instrumentalizar a administração pública.
“Na verdade, aquilo que se passou no Algarve foi um saneamento político. Quis-se dizer que alguém que pode ter responsabilidades num outro partido não pode presidir a uma CCDR”, disse o antigo primeiro-ministro.
Esta sexta-feira, o Governo exonerou os presidentes das CCDR – Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Emídio Gomes, e do Algarve, David Santos.
O responsável em causa “não teve qualquer comportamento de deslealdade nem de incompetência nas suas funções”, afirma o líder do PSD.
Para Pedro Passos Coelho, que falava em Coimbra, no encerramento do 7.º Congresso dos Autarcas Social-Democratas, a exoneração do presidente da CCDR do Norte “é diferente e ainda mais grave, porque se trata apenas de nepotismo”.
No seu entender, as exonerações anunciadas na quinta-feira revelam o “apetite de instrumentalização daquilo que são os poderes da administração em favor de uma política partidária, que não pode ser aceite num Estado democrático ao fim de 40 anos de vigência da Constituição”.
Segundo números divulgados esta sexta-feira pela RTP1, nos seis meses que leva de governo, o Executivo socialista já demitiu 282 dirigentes escolhidos pelo governo anterior, escolhendo para os substituir “socialistas ou candidatos de outros partidos de esquerda”.
ZAP / Lusa
Comentário: este sujeito teima em fazer do povo pacóvio, ou de memória curta. Já se esqueceu (?) do que praticou quando entrou para o (des)governo dele? Tratou de fazer uma limpeza geral, para lá colocar os do partido laranja.
J. Carlos
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