Oito religiosos vão assistir à canonização este domingo no Vaticano |
Lisboa, 04 jun 2016 (Ecclesia) – O Papa
Francisco vai canonizar o fundador da Congregação dos Marianos da Imaculada
Conceição da Beatíssima Virgem Maria, este domingo na Praça de São Pedro, e o
Vicariato Português está a viver este momento como um “desafio”.
“A canonização desafia-nos a atualizar
no mundo de hoje e dar as respostas ao que nos pede”, destacou o superior do
Vicariato dos Padres Marianos em Portugal.
À Agência ECCLESIA, o padre Jovanete
Paulo Vieira contextualizou que o beato Estanislau Papczysnki, religioso
polaco, era “um bom comunicador, um bom orador” e no seu país natal, no século
XVII, “viveu muitas adversidades”, como a guerra, um contexto histórico que
“exigiu da congregação ir adaptando-se às diversas realidades” como continuam a
fazer atualmente.
O responsável pelos Marianos da
Imaculada Conceição da Beatíssima Virgem Maria em Portugal comenta que
acolheram o anúncio do Papa Francisco “com alegria”, um “dom que desafia” a
tornar o fundador mais conhecido, “mais presente pelo seu testemunho” e pelo
que escreveu que ainda não existe em português mas vão começar a “trabalhar” na
sua tradução.
“O Papa é essa pessoa que às vezes
surpreende-nos e nem dá tempo de estar a pensar”, observou ainda o padre
Jovanete Paulo Vieira na redação da Agência ECCLESIA, antes de partir para Roma
onde vai assistir com mais sete religiosos portugueses à canonização do beato
Estanislau Papczysnki.
Por sua vez, o padre Basileu Pires frisa
que “não” esperavam que a “canonização fosse tão depressa” e explicou que o
fundado foi “um homem apaixonado pela sua vocação”, que sente a consagração e
“não desiste dela porque Deus é maior que ele”.
O sacerdote destacou ainda que o
religioso polaco teve uma “infância e adolescência um pouco sofrida”,
sofrimento que “foi o tempero da própria vida” mas “Deus age na fragilidade”.
Fundada em 1673, a Ordem dos Marianos da
Imaculada Conceição tem na espiritualidade da Misericórdia uma missão que “não
nasceu propriamente” do carisma mas “encaixa-se perfeitamente”.
Segundo o padre Basileu Pires
desenvolvem o apostolado da misericórdia “inspirados” em Santa Faustina
Kowalska divulgando o seu diário; promovem também uma Semana de Espiritualidade
anual, e encontros nas paróquias porque acreditam que a “Misericórdia de Deus
inspira a ir ao encontro das outras pessoas”.
O responsável pela pastoral juvenil do
Padres Marianos, o padre Eduardo Novo, comentou que “vivem um tempo jubilar”,
depois de 300 anos à espera da canonização.
“É, simultaneamente, oportunidade de
renovação interior” e torna-se “acutilante dar a conhecer o carisma e missão”
junto dos jovens, explica o sacerdote que considera “o testemunho vivo” a
melhor forma de transmissão do carisma.
O padre Eduardo Novo espera que os
jovens sintam-se interpelados pela canonização deste domingo, na Praça de São
Pedro, no Vaticano: “A sua vida é idêntica à de cada um. Com o nosso testemunho
deixar que outros possam fazer a experiência que nos faz crescer e
desenvolver.”
A canonização, ato reservado ao Papa
desde o século XIII, é a confirmação, por parte da Igreja Católica, que um fiel
católico é digno de culto público universal (os beatos têm culto local) e de
ser apresentado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.
A congregação dos Marianos da Imaculada
Conceição foi implantada em Portugal, em 1754, pelo venerável Servo de Deus
frei Casimiro Wyszynki; Atualmente são 12 religiosos, irmãos e padres,
divididos entre as Dioceses de Bragança-Miranda e de Leiria-Fátima.
CB
Agência Ecclesia 04 de Junho de 2016
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J. Carlos
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