Simpósio internacional assinala 70 anos
da proclamação de Santo António Doutor da Igreja |
Lisboa, 04 jun 2016 (Ecclesia) – O Museu
de Lisboa – Santo António e o Centro Cultural Franciscano promovem hoje o
Simpósio Internacional Antoniano ‘Exulta Lusitania Felix’ sobre a importância
de Lisboa e Coimbra na formação teológica e intelectual do santo português.
“Com estas iniciativas alargamos o campo
do conhecimento acerca de Santo António e da presença em múltiplas e diversas
áreas que importa tornar mais conhecido”, explicou o padre franciscano João
Lourenço, no Centro Cultural Franciscano, em Lisboa.
À Agência ECCLESIA, o sacerdote
sublinhou que pretendem “interpelar” a sociedade para outra dimensão que “nem
sempre é considerada”, e nem sempre está presente, do Santo António Doutor da
Igreja porque é conhecido “muito próximo, um misto de pensamento cristão mas
também populismo”.
O Simpósio Internacional Antoniano
‘Exulta Lusitania Felix’ está a ser dinamizado no contexto da atribuição do
título honorífico de Doutor da Igreja a Santo António, em 1946, pelo Papa Pio
XII, na bula que hoje dá nome ao encontro.
A vereadora da Cultura do Município de
Lisboa destacou a “grande ligação afetiva” dos lisboetas a Santo António que é
“muito importante” para a cultura popular e afirmação do turismo e reconhece
que “há um Doutor da Igreja a descobrir”.
“É sempre para um público mais restrito,
é uma dimensão mais erudita da vida do santo mas se calhar ainda foi mais
universal no seu tempo do que esta dimensão popular”, desenvolveu à Agência
ECCLESIA.
O padre João Lourenço acrescenta que,
cada vez mais, há uma grande proximidade entre o popular e da academia - Doutor
da Igreja – que em Santo António concretiza-se e “encontra eco”, como destacam
os estudiosos do pensamento do Santo português a “perspicácia e profundidade, a
riqueza das alegorias, os florilégios, a vastíssima gama de simbólicas”.
Em declarações à margem do simpósio,
Catarina Vaz Pinto, sublinhou que o santo padroeiro da cidade de Lisboa é
“muito querido dos lisboetas”, sendo para a maioria das pessoas “o santo
casamenteiro, o santo que ajuda a encontrar os objetos perdidos”.
“Hoje, as cidades distinguem-se pelas
suas identidades, por aquilo que são diferentes umas das outras, e na verdade
Santo António de Lisboa é vivido de forma diferente, é o que chamamos um ícone
cultural. Numa perspetiva de afirmação cultural e turística da cidade temos um
empenho redobrado na evocação da vida do santo e da sua obra”, acrescentou a
vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa.
A Câmara Municipal de Lisboa, através do
Museu de Lisboa – Santo António, e o
Centro Cultural Franciscano organizam o Simpósio Internacional Antoniano
‘Exulta Lusitania Felix’ com a colaboração com a revista Itinerarium e o CEFi -
Centro de Filosofia da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica
Portuguesa.
Segundo a vereadora da Cultura da Câmara
Municipal de Lisboa, Catarina Vaz Pinto, o simpósio foi uma primeira iniciativa
teórica do renovado Museu de Santo António e pretendem “organizar” iniciativas
anuais ou bianuais “ligados ao pensamento de Santo António e ao seu legado com
Doutor da Igreja”.
“Esta iniciativa pode ajudar a ver que
diferentes instituições com objetivos prioritários distintos podem encontrar
perspetivas de complementaridade e espero que em Portugal se possa desenvolver
a área de estudos antonianos”, comentou ainda o padre João Lourenço.
A sessão de encerramento, a partir das
18h00, conta com a presença do cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente,
e do presidente do Município lisboeta, Fernando Medina.
PR/CB
Foto: PR/Agência Ecclesia
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