quinta-feira, 28 de julho de 2016

Ativistas da Amnistia Internacional Tailândia acusados de difamação pelas autoridades

Banguecoque, 26 jul (Lusa) -- A presidente da junta diretiva da Amnistia Internacional Tailândia e outros ativistas foram acusados hoje pelas autoridades de "delitos informáticos" e difamação devido a um relatório que denuncia práticas de tortura das forças de segurança.

"As autoridades tailandesas devem retirar imediatamente as acusações contra Somchai Homla-or, Anchana Heemmina e Porpen Khongkaconkiet (presidente). Não é um delito investigar violações dos direitos humanos", disse Chamoa Pate, investigador da Amnistia Internacional, num comunicado.

"A verdadeira injustiça é que estes três valentes defensores dos direitos humanos estão a ser castigados por denunciar torturas, enquanto se protegem os soldados que cometeram estes atos horrendos", acrescentou o ativista.

O trio publicou em fevereiro deste ano um relatório que documentava 54 casos de tortura e outros maus tratos cometidos pela Polícia e pelo Exército na região sulda Tailândia, cenário de um conflito separatista muçulmano que já causou mais de 6.500 mortes desde 2004.

"Desde o golpe de Estado de 2014, o governo militar da Tailândia intensificou esforços para silenciar todas as formas de dissidência, com métodos como impor amplas restrições do direito à liberdade de expressão, reunião e associação", segundo a Amnistia Internacional.

EZL/APN // APN
Publicada por TIMOR AGORA


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