Banguecoque, 26 jul (Lusa) -- A
presidente da junta diretiva da Amnistia Internacional Tailândia e outros
ativistas foram acusados hoje pelas autoridades de "delitos
informáticos" e difamação devido a um relatório que denuncia práticas de
tortura das forças de segurança.
"As autoridades tailandesas devem
retirar imediatamente as acusações contra Somchai Homla-or, Anchana Heemmina e
Porpen Khongkaconkiet (presidente). Não é um delito investigar violações dos
direitos humanos", disse Chamoa Pate, investigador da Amnistia
Internacional, num comunicado.
"A verdadeira injustiça é que estes
três valentes defensores dos direitos humanos estão a ser castigados por
denunciar torturas, enquanto se protegem os soldados que cometeram estes atos
horrendos", acrescentou o ativista.
O trio publicou em fevereiro deste ano
um relatório que documentava 54 casos de tortura e outros maus tratos cometidos
pela Polícia e pelo Exército na região sulda Tailândia, cenário de um conflito
separatista muçulmano que já causou mais de 6.500 mortes desde 2004.
"Desde o golpe de Estado de 2014, o
governo militar da Tailândia intensificou esforços para silenciar todas as
formas de dissidência, com métodos como impor amplas restrições do direito à
liberdade de expressão, reunião e associação", segundo a Amnistia
Internacional.
EZL/APN // APN
Publicada por TIMOR AGORA
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