A
adesão à greve dos trabalhadores do setor da saúde, que começou às 00:00 de
hoje, rondou os 90% em várias unidades hospitalares, com exceção dos hospitais
de São José e de Beja, que atingiram os 100%.
Em
comunicado, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções
Públicas e Sociais adiantou que a adesão à greve dos funcionários do Hospital
de São José (urgências e medicina) e Hospital de Beja no turno da noite foi de
100% e no Hospital D. Estefânia 98%.
Os
funcionários do setor da saúde iniciaram hoje uma greve de 48 horas para exigir
a reposição das 35 horas semanais a todos os trabalhadores e a celebração de um
acordo coletivo de trabalho.
Ainda
em Lisboa, no Hospital São Francisco Xavier a adesão foi de 95%, em Santa Maria
30% e na Maternidade Alfredo da Costa 20%.
No
Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, a adesão foi de 90% e no Hospital de
Setúbal 20%, de acordo com o primeiro balanço da Federação de Sindicatos.
No
que diz respeito ao norte, a Federação indicou que a adesão à greve nos
hospitais Santos Silva (Vila Nova de Gaia) e Penafiel foi de 90%, enquanto nos
de S. João e Santo António (Porto) atingiu os 80%.
No
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, os blocos operatórios, serviços
de urgência e esterilização estão a funcionar só com serviços mínimos e nos
internamentos a adesão dos trabalhadores é de 90%.
Também
no Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga (S. Sebastião e Vila da Feira), São
João da Madeira e Oliveira de Azeméis e Centro Hospitalar Baixo Vouga (Aveiro,
Estarreja e Águeda) a adesão à greve no que diz respeito aos internamentos é de
90% e os blocos operatórios, urgência e esterilização estão apenas com serviços
mínimos.
Os
dados da Federação apontam ainda para uma adesão à greve de 90% no Insdtituto
Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, Hospital da Figueira da Foz, Centro
Hospitalar Tondela e Viseu (São Teotónio) e Centro Hospitalar Leiria/Pombal.
Por
fim, no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e Centros de Orientação
de Doentes Urgentes (CODU) de Coimbra estão apenas com serviços mínimos.
A
01 de Julho passado entrou em vigor o diploma que repõe as 35 horas semanais no
setor da Administração Pública, mas, no setor da saúde, o Governo deixou de
fora os trabalhadores com contrato individual de trabalho, remetendo a
alteração da duração de trabalho para a celebração de um Acordo Coletivo de
Trabalho a negociar com sindicatos.
Participam
na greve assistentes operacionais de apoio à ação médica, técnicos de
diagnóstico de terapêutica, radiologistas, entre outros funcionários do setor
da saúde, com exceção dos médicos.
Lusa
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