sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Dia Mundial da Ajuda Humanitária. A “solidariedade dentro do possível”

Aumentou o número de pessoas que necessitam de ajuda. Em contrapartida diminuiu o número de ajuda prestada.

São 125 milhões as pessoas que, em todo o mundo, hoje precisam de ajuda. O número aumentou, mas não foi acompanhado na solidariedade. É visível o decréscimo, tanto por parte da Comissão Europeia como dos doadores particulares, afirma o secretário-geral da Cáritas, João Pereira.

“O principal motivo para esta diminuição está, em Portugal, relacionado com a crise existente no país”. Ainda assim, sublinha o também membro da direcção da Plataforma Portuguesa das Organizações Não-Governamentais para o Desenvolvimento (ONGD), a solidariedade continua a existir, mas “na dimensão que é possível neste momento”.

João Pereira lembra à Renascença que “o voluntariado é também uma peça fundamental na intervenção das ONGD”, sendo os jovens os mais interessados neste tipo de apoio.

Este ano, o gabinete de coordenação de Ajuda Humanitária das Nações Unidas estima que sejam necessários 21 mil milhões de dólares para ajudar a população. Apenas sete mil milhões foram disponibilizados.

Uma plataforma para chegar a todos
A Plataforma Portuguesa das ONGD é uma associação privada sem fins lucrativos. Agrega, de momento agrega, 65 ONGD que trabalham em três sectores: ajuda humanitária, cooperação para o desenvolvimento e educação para a cidadania global.
A ajuda humanitária consiste essencialmente numa intervenção de emergência, em que o principal objectivo é salvar vidas e ajudar a recuperá-las.

Em complemento está a cooperação para o desenvolvimento, que “procura formas para que essas famílias retomem as suas vidas de forma autónoma e dentro do quadro dos direitos humanos”, explica João Pereira.

Já a educação para a cidadania global centra-se na consciencialização de diversos públicos, jovens ou adultos, para questões do mundo global interligado. “Todos somos responsáveis por todos e, portanto, todos temos a necessidade e a possibilidade de agir”, conclui o secretário-geral da Cáritas.

rr.sapo.pt

Foto:ipressjournal

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