Aumentou
o número de pessoas que necessitam de ajuda. Em contrapartida diminuiu o número
de ajuda prestada.
São
125 milhões as pessoas que, em todo o mundo, hoje precisam de ajuda. O número
aumentou, mas não foi acompanhado na solidariedade. É visível o decréscimo,
tanto por parte da Comissão Europeia como dos doadores particulares, afirma o
secretário-geral da Cáritas, João Pereira.
“O
principal motivo para esta diminuição está, em Portugal, relacionado com a
crise existente no país”. Ainda assim, sublinha o também membro da direcção da
Plataforma Portuguesa das Organizações Não-Governamentais para o
Desenvolvimento (ONGD), a solidariedade continua a existir, mas “na dimensão
que é possível neste momento”.
João
Pereira lembra à Renascença que
“o voluntariado é também uma peça fundamental na intervenção das ONGD”, sendo
os jovens os mais interessados neste tipo de apoio.
Este
ano, o gabinete de coordenação de Ajuda Humanitária das Nações Unidas estima
que sejam necessários 21 mil milhões de dólares para ajudar a população. Apenas
sete mil milhões foram disponibilizados.
Uma plataforma para chegar a todos
A
Plataforma Portuguesa das ONGD é uma associação privada sem fins lucrativos.
Agrega, de momento agrega, 65 ONGD que trabalham em três sectores: ajuda
humanitária, cooperação para o desenvolvimento e educação para a cidadania
global.
A
ajuda humanitária consiste essencialmente numa intervenção de emergência, em
que o principal objectivo é salvar vidas e ajudar a recuperá-las.
Em
complemento está a cooperação para o desenvolvimento, que “procura formas para
que essas famílias retomem as suas vidas de forma autónoma e dentro do quadro
dos direitos humanos”, explica João Pereira.
Já
a educação para a cidadania global centra-se na consciencialização de diversos
públicos, jovens ou adultos, para questões do mundo global interligado. “Todos
somos responsáveis por todos e, portanto, todos temos a necessidade e a
possibilidade de agir”, conclui o secretário-geral da Cáritas.
rr.sapo.pt
Foto:ipressjournal
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