sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Mineiros já podem candidatar-se a reembolso social

A campanha de inscrição de trabalhadores moçambicanos, no activo e reformados nas minas sul-africanas, arrancou esta segunda-feira, devendo prolongar-se até 27 deste mês de Agosto.

A inscrição tem em vista reembolsar os valores que os visados têm direito, desde que tenham sido descontados para efeitos de seguro social naquele país sem, no entanto, terem deles beneficiado durante os contratos de trabalho com as companhias ou empresas do sector.

O universo é de mais de seis mil beneficiários, a contar desde 1989 a esta parte, segundo dados disponibilizados pela empresa `Mineworkers Provident Fund´ (MWPF), que elaborou a lista durante uma campanha para o efeito. Este exercício consistiu na localização e mapeamento, incluindo a abertura de contas bancárias individuais para alguns dos beneficiários.

A campanha tem como postos de inscrição fixos o Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFP) da Machava (para a província de Maputo), as instalações da Direcção Provincial do Trabalho, Emprego e Segurança Social, em Xai-Xai, INEFP de Chókwè, sede do Posto Administrativo de Mapai, e sedes dos governos distritais de Chibuto e de Manjacaze (província de Gaza).

Na província de Inhambane, os postos funcionam nas instalações do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) na Maxixe, e nas instalações da Direcção da Educação de Massinga.

O acordo celebrado, em 1964, entre Moçambique e África do Sul, que regula o recrutamento da mão-de-obra moçambicana para as minas sul-africanas, prevê, entre vários aspectos, que os trabalhadores moçambicanos nas minas daquele país recebem, na totalidade, o seu salário durante os primeiros seis meses do contrato.

Nos meses subsequentes, eles só recebem 40 por cento. A outra parte correspondente a 60 por cento do salário é transferida para Moçambique, onde cada beneficiário recebe em deferido, medida justificada pelo Governo como sendo uma forma de ajudar os visados a planificar a sua vida social após o seu regresso.


Alexandre Zandamela, Maputo
17-08-2016
Fonte:abola.pt/africa

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