O
presidente do Instituto Português do Sangue e Transplantação
(IPST) negou hoje que o seu pedido de demissão se deva à orientação
para a dádiva de sangue por homossexuais masculinos, alegando razões
"pessoais e familiares" para a sua saída.
"Apresentei
razões pessoais e familiares para pedir a minha substituição no
cargo, e aguardo, conforme acordado com o senhor Ministro da Saúde,
que este considere o momento oportuno para a minha substituição",
afirmou em comunicado Helder Trindade.
Com
este esclarecimento, o presidente demissionário do IPST pretende
"evitar conexões abusivas e ofensivas sobre um ato" do seu
exclusivo foro pessoal.
Segundo
Helder Trindade, o seu pedido de demissão "ocorreu algum tempo
antes da autorização da DGS para a dádiva de sangue por
homossexuais masculinos, pelo que nada tem a ver com essa matéria".
"Repudia-se
por isso qualquer associação entre a demissão e o referido
documento da Direção Geral da Saúde (DGS), por ser mentira e por
ser, no limite, desajustado", adiantou.
Para
Helder Trindade, essa nunca seria uma razão para terminar a sua
missão no IPST.
"Sou
um médico que pertence ao mapa de pessoal da instituição e, como
presidente do IPST, todo o trabalho que desenvolvi durante o meu
mandato foi no sentido de pugnar pelo melhor cumprimento da missão
do IPST", adiantou.
Lusa|sicnoticias
Comentário:
nada aconteceu por acaso, há muito que era notório o
descontentamento de um número de associações pelo modelo de
relacionamento com as referidas associação.
Não
havia diálogo, cooperação ou aproximação entre aquele dirigente
do IPST e as associações de dadores de sangue, cujos dirigentes são
os primeiros a enfrentar a realidade nas comunidades. Teorias de
gabinete raramente produzem frutos, algumas são mesmas fantasias…
As
desculpas com mais ou menos fundamento, não convencem.
J.
Carlos
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