Um
encontro entre os intervenientes do Ciclo de Teatro Amador do
Concelho de Cantanhede assinalou o início desta ação de
revitalização da atividade teatral que a autarquia cantanhedense
tem vindo a promover desde há 19 anos consecutivos. A sessão
decorreu no auditório da Biblioteca Municipal, em 28 de janeiro, e
como habitualmente contou com a participação de um convidado de
honra, que este ano foi Luís Aleluia, o popular intérprete
de personagens de várias séries televisivas de sucesso. Acompanhado
na mesa de honra pela vice-presidente da Câmara Municipal, Helena
Teodósio, e pelo vereador da Cultura, Pedro Cardoso, o ator começou
por agradecer “a
honra de poder partilhar experiências artísticas com gente que sabe
valorizar o teatro” e
manifestou-se “verdadeiramente
entusiasmado com o facto de estarem envolvidos no ciclo de teatro 15
grupos cénicos, um número que reflete bem o interesse com que as
pessoas participam e animam a vida cultural do concelho”.
Luís
Aleluia
conhece
bem “os
sacrifícios de quem, depois de um dia de trabalho, nas suas horas de
descanso e lazer, investe nesta forma de expressão artística. Em
todo o caso, quem se dedica ao teatro amador com amor, com empenho
tem sempre retorno com a experiência de grupo, pois a relação com
os outros, os laços e os afetos que se constroem são absolutamente
gratificantes”.
A
propósito do seu percurso, o ator não escondeu “as
dificuldades dos profissionais de teatro, num mundo onde a realidade
laboral e relacional nem sempre é o que se pensa. O mérito e o
reconhecimento associado ao mediatismo e protagonismo facilitam, mas
não é fácil singrar na carreira artística”.
Antes
da intervenção de Luís Aleluia, já a vice-presidente da Câmara
Municipal tinha agradecido ao ator
“a disponibilidade em vir a Cantanhede falar da sua experiência de
homem de teatro, uma faceta porventura menos conhecida para quem está
mais habituado a vê-lo na televisão em diferentes registos. A sua
presença é bem sintomática de que, para além da relevância da
carreira que abraçou, pela qual é aliás amplamente reconhecido,
está empenhado em reforçar a perceção do valor sociocultural da
atividade teatral”.
Sobre
o ciclo de teatro amador, Helena Teodósio enfatizou o alcance da
iniciativa, afirmando que há
muitas e boas razões para estarmos satisfeitos com o resultado do
ponto de vista coletivo, sobretudo porque fomenta o encontro de
gerações, com os jovens a partilharem com os mais velhos
experiências particularmente estimulantes”.
A
autarca sublinhou ainda o facto de se tratar de um
“evento que muito tem contribuído para a dinamização das
comunidades locais e para o intercâmbio entre agentes culturais
empenhados no desígnio comum em torno das artes de palco” e
deixou a garantia de que “a
Câmara Municipal vai prosseguir com a organização de futuras
edições”.
A
sessão de abertura do XIX Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede
terminou com a entrega de diplomas a todos os participantes, seguida
de um lanche em ambiente de confraternização festiva.
No
dia seguinte, 29 de janeiro, realizou-se o primeiro espetáculo na
sede do CSPO – Centro Social e Polivalente de Ourentã, onde
as Pequenas Vozes de Febres apresentou uma encenação de
“A Princesinha”, segundo uma adaptação a partir da obra
original de Frances Hodgson Burnett. Constituído por crianças e
jovens dos quatro aos 14 anos, o grupo de teatro volta ao palco no
próximo domingo, desta vez no Salão Paroquial de Febres, para
apresentar, às 15h30, aquela peça especialmente dirigida a um
público infantojuvenil baseada na conhecida história de Sara, uma
menina rica, inteligente e excecionalmente imaginativa, que é
trazida da Índia pelo seu pai para estudar num colégio de elite em
Inglaterra.
Antes
disso, no sábado, 4 de fevereiro, às 21h30, o Grupo de Teatro da
ACDC – Associação Cultural e Desportiva do Casal apresenta na sua
sede “Experiência Fatal”, “Namoro Confuso” e “Vamos Cartar
na Casaca 2017 – Versão Parlamento Aberto”, três originais de
Manuel Silva Barreto, que é simultaneamente o encenador do grupo.
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