quinta-feira, 21 de setembro de 2017

360º - Políticos presos e acusações de traição: 7 respostas para entender a Catalunha. Mais: um resgate em direto no México e o aviso do Commerzbank

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360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
Na Catalunha, há políticos presos, financiamento congelado, protestos nas ruas e acusações de traição.Nem o governo de Madrid, nem o executivo de Barcelona querem ceder. A Ana França faz sete perguntas e dá sete respostas para se perceber o que está em causa.

Os jornais espanhóis da manhã mostram indignação e preocupação:

  • El Pais divide o seu editorial em oito pontos para desmentir de alto a baixo o último discurso de Carles Puigdemont, líder do Governo catalão: "Numa democracia, as autoridades não podem mentir impunemente aos cidadãos";
  • El Mundo assegura que "os três poderes do Estado vão travar os inimigos da democracia representativa e da Constituição";
  • El Español faz uma coisa que deve ter custado muito ao seu director Pedro J. Ramirez e apoia explicitamente o actual primeiro-ministro: "O El Español tem sido e continuará a ser muito crítico do governo de Rajoy, mas nas actuais circunstâncias só pode estar ao lado do Executivo e dos juízes numa defesa activa da legalidade para travar de uma vez por todas o golpe separatista";
  • El Periódico, da Catalunha, critica as ações da Generalitat mas está, acima de tudo, preocupado: "O El Periódico mantém o seu compromisso inquebrantável com o autogoverno da Catalunha. E, como porta-voz de uma grande maioria dos catalães, apela aos governos que se enfrentam que acabem com a escalada de tensão e negoceiem imediatamente uma solução política que preserve a fraternidade e a convivência".
  • Também na Catalunha, o La Vanguardia pede "serenidade" e a "abertura imediata do diálogo".

Há um resgate em direto que está a prender as atenções do mundo. “Frida Sofia”, de 12 anos, está presa nos escombros de um colégio mexicano e as autoridades estão a tentar libertá-la. As equipas de resgate já conseguiram dar-lhe água e oxigénio. Pode haver mais duas crianças e um adulto presos no local. O número provisório de vítimas do sismo no México já vai em 250.

“Um cão a ladrar”. É assim que a Coreia do Norte acaba de reagir, através do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, ao discurso de Donald Trump na ONU, onde ameaçou “destruir totalmente a Coreia do Norte”. 


Mais informação importante
Na campanha das autárquicas, as luvas de boxe saíram da gaveta:
  • No Porto, como escrevem o Miguel Santos Carrapatoso e a Sara Otto Coelho, "Álvaro Almeida atacou Rui Moreira, que por sua vez atacou Pizarro, que atacou Moreira, que por sua vez foi atacado por João Teixeira Lopes, que também criticou Pizarro"; 
  • Em Lisboa, Fernando Medina acusou Assunção Cristas de querer "promover" a sua imagem à custa de Lisboa (e eu escrevo sobre essa infeliz frase de Medina aqui); 
  • Em Cascais, falou-se em "medo" e em "palhaçada" por causa de um convite para um debate com o Observador;
  • À esquerda, BE e PCP embrulharam-se em insinuações e acusações depois de Catarina Martins ter criticado "o silêncio das autarquias durante anos e anos enquanto as suas populações viam ser degradados os serviços que lhes dão apoio".

O PS tem um problema de gestão de expectativas. Segundo uma sondagem publicada hoje no Negócios e no CM, a maioria dos portugueses (mesmo os que votam noutros partidos) acreditaque os socialistas vão ganhar mais câmaras a 1 de Outubro.

O PS também tem um problema de dinheiro. Os socialistas reclamavam mais 3,3 milhões de euros ao parlamento em subvenções relativas às últimas autárquicas, mas o Supremo Tribunal Administrativo diz que o partido não tem razão. A notícia é da TSF.

Um grupo de economistas onde se inclui o deputado do PS Paulo Trigo Pereira desafia a esquerda a fazer escolhas claras. Em entrevista à RR e ao Público, Trigo Pereira avisa que "não é possível fazer tudo ao mesmo tempo, isso é alquimia". Já ontem, no Observador, onde é colunista, Paulo Trigo Pereira tinha escrito sobre as "difíceis opções" do Orçamento com palavras semelhantes: "Pensar que é possível de uma vez descongelar as carreiras, fazer atualizações salariais e aumentar o emprego público, diminuir impostos, regularizar dívidas na saúde e reduzir o défice, é do domínio da alquimia que ainda não sabemos fazer. Há opções políticas a fazer".

E agora o maior duche de água fria: “Os problemas de Portugal não acabaram. Estão piores”. Uma nota enviada aos investidores pelo Commerzbank (um dos bancos mais influentes no mercado de dívida europeu) é muito, muito pessimista e acusa o Governo de "voltar à tendência pouco saudável que só foi interrompida momentaneamente pela crise financeira".

O preço das casas subiu 25% desde os valores mínimos atingidos em 2013, escreve o Negócios.

Os juízes desconvocaram a greve que estava marcada para o início de Outubro. A Associação Sindical espera que o PS consiga aprovar as suas reivindicações. Mas, afinal, o que querem os juízes? Dinheiro? A Sónia Simões foi descobrir.

Há mais casos de cancro em Portugal e a doença está a matar mais, apesar do sucesso nos tratamentos. O relatório que faz o retrato do cancro no país, do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas, mostra que há mais mulheres a morrerem de cancro do pulmão. A Marlene Carriçotem os números.

As coisas não estão fáceis para o Benfica. Ontem, empatou com o Braga na Taça da Liga e a crise continua- foi o terceiro jogo consecutivo em que o Benfica não ganhou. Nacrónica do jogo, o Tiago Palma concentra-se em Jiménez, o "'pronto-socorro' que até é melhor a titular".


Os nossos Especiais

"Negócios com a elite de Angola: do El Dorado à 'golpada'" é a história de uma portuguesa que fez negócios com uma família influente do país e que agora diz ter sido enganada. O João de Almeida Dias conta todos os detalhes de uma trama intrincada.

Na Alemanha, com a vitória de Merkel quase assegurada no domingo e Schulz resignado ao segundo lugar, quatro partidos lutam pela terceira posição - entre eles os ultranacionalistas do AfD e o Die Linke, de extrema-esquerda. Areportagem é do Tiago Carrasco, que está na Alemanha a acompanhar a campanha eleitoral.


A nossa Opinião

Helena Garrido escreve sobre o novo modelo de supervisão bancária: "Os casos BES e Banif não teriam acontecido se já tivéssemos o novo modelo de supervisão bancária em discussão pública? As arquitecturas de governação não mudam as pessoas nem alteram os incentivos".

Paulo Tunhas escreve "Totalitarismo", sobre as polémicas da identidade de género: "Age-se como se cada um fosse como um camaleão, pronto a se metamorfosear naquilo a que aspira. Podemos descer na escala dos seres até aos animais ou tornarmo-nos divinos, de acordo com a nossa vontade".


Notícias surpreendentes

Hoje estreia “Mãe!”, de Darren Aronofsky (o realizador de "Cisne Negro"). O filme "é um delírio calculado mas mesmo assim excessivo", escreve o Eurico de Barros, que lhe dá apenas duas estrelas.

Mais um filme para ver esta semana: "A Fábrica de Nada", do português Pedro Pinho, passa-se numa fábrica de elevadores ameaçada de fecho.

Hoje em dia, todos os construtores apostam nos eléctricos. Menos a PSA de Carlos Tavares, o segundo maior grupo automóvel europeu. O Alfredo Lavradorexplica porquê.

São 13 fotos que mostram a Nova Iorque que nunca foi construída. Há ideias surreais.

Começa hoje o Pitch Market, que mete o design português em contentores, no Terreiro do Paço. Tudo o que precisa de saber está aqui.

A comida chega do restaurante à sua mesa em 30 minutos (ou menos), promete um novo serviço de entrega ao domicílio que o Diogo Lopes foi conhecer.

Entre eu carregar num botão deste lado e a 360º chegar ao seu computador, telemóvel ou tablet foi bem menos do que 30 minutos (espero). E também é rápido vir ao Observadorconhecer as últimas notícias. Por isso, apareça.
Até já!
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