No
âmbito da política de fomento cultural, o Município de Cantanhede
procedeu à transferência de verbas para apoiar as associações que
atuam nessa área. Nos
termos de uma deliberação
camarária aprovada para o efeito,
a
autarquia cantanhedense destinou para esse fim um total de
48.514 euros,
montante que foi distribuído pelas
entidades beneficiárias de acordo com o nível de atividade que
desenvolvem em
valências elegíveis e enquadráveis no regulamento em vigor.
Os
subsídios atribuídos foram entregues aos representantes das
associações em 27 de junho, no decurso de um encontro com a
presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, que esteve
acompanhada pelo vice-presidente da autarquia, Pedro Cardoso, e pelo
vereador Adérito Machado.
Na
ocasião, os dirigentes associativos subscreveram os
contratos-programa de desenvolvimento cultural que estabelecem as
regras a que está sujeita a aplicação das verbas atribuídas em
função de critérios que têm em conta
a natureza o nível de atividade que as coletividades desenvolvem e o
número de pessoas envolvidas.
Conforme
refere o documento, as associações comprometem-se a utilizar um
mínimo de 75% do subsídio para fazer face a despesas de capital,
nomeadamente, com a aquisição de equipamentos e/ou intervenções
em infraestruturas existentes, em consonância com o plano de
atividades previamente apresentado, assumindo ainda o compromisso de
participar num certo número de iniciativas culturais organizadas
pela Câmara Municipal.
Para
Helena Teodósio “as
associações culturais desempenham uma função insubstituível, uma
função que, além de contribuir para o enriquecimento pessoal dos
munícipes, estimula a integração social e promove a coesão das
comunidades”.
Segundo a líder do executivo camarário, “a
vitalidade cultural do concelho e o sentimento coletivo relativamente
a referências culturais comuns devem-se em grande medida às
entidades que
atuam localmente na defesa e promoção dos bens e valores da
cultura,
o que merece da nossa parte o mais vivo reconhecimento”.
A
autarca considera que “a importância do trabalho do movimento
associativo é inestimável, vai muito para além daquilo que os
subsídios refletem, o que justifica o apoio que a Câmara Municipal
concede a ações e iniciativas específicas de acordo com o seu
impacto cultural”.
Ainda
a propósito da relevância social da atividade das associações
culturais, Helena Teodósio felicitou a associação “a
Banda Filarmónica de Covões por estar a cumprir 150 anos de
existência neste mês de junho”,
salientando que “o
ambicioso programa das comemorações faz justiça àquela que tem
sido a sua valiosa ação ao serviço da cultura, designadamente no
ensino da música e na formação de públicos para esta forma de
expressão artística”.
A líder executivo lembrou ainda que “este ano se assinala o
centenário da morte de António Fragoso” e destacou “o
importante trabalho da Associação António Fragoso na divulgação
da obra do grande compositor e pianista nascido na Pocariça, cujo
legado musical está a ser este ano celebrado no âmbito de um vasto
programa cultural”.
Durante
o encontro com os agentes associativos interveio também o
vice-presidente da Câmara Municipal, na qualidade de responsável
pelo pelouro da cultura. Depois de uma referência ao regulamento que
tem vindo a ser seguido no cálculo dos subsídios a atribuir às
coletividades, Pedro Cardoso manifestou “a
intenção do executivo camarário em aperfeiçoar o modelo, de modo
a torná-lo ainda mais abrangente, contemplando situações que não
são enquadráveis nos critérios em vigor. Fazemos questão que o
processo seja baseado num consenso alargado e para isso contamos com
a participação ativa das associações, no pressuposto de que,
enquanto entidades beneficiárias, é do seu maior interesse
envolverem-se no processo”, sublinhou.
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