quinta-feira, 16 de junho de 2016

MOTOR DO AVIÃO DA TAP QUE EXPLODIU EM 2014 TINHA 370 VOOS A MAIS

MOTOR DO AVIÃO DA TAP QUE EXPLODIU EM 2014 TINHA 370 VOOS A MAIS

 
Aero Icarus / wikimedia
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Investigação concluiu que o motor do avião da TAP, que explodiu em julho de 2014, tinha fissuras e mais voos do que o limite apontado pelo fabricante.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA) concluiu que a falha no motor do avião da TAP, que explodiu em julho de 2014, foi provocada por falhas do fabricante.
Segundo a TSF, a investigação aponta o dedo ao fabricante do motor, a General Electric, que não teve “agenda” para substituir o motor na altura recomendada.
O motor já tinha atingido o máximo de ciclos recomendados mas “por questões relacionados com os contratos com os diversos operadores e/ou disponibilidade” não foi possível proceder à sua alteração.
De acordo com as informações obtidas pela TSF, as recomendações do fabricante apontavam o limiar de segurança para um máximo de aproximadamente 3700 arranques mas o motor já ia em 4070, ou seja, mais 370 voos que o previsto.
(dr) GPIAA - Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves
Motor tinha mais 370 voos que o previsto
Motor tinha mais 370 voos que o previsto
Além disso, a análise em laboratório revela que a “pá fraturada encontrou múltiplos locais de iniciação de fissuras causados por Corrosão a Quente”.
A investigação conclui ainda que houve outras causas que contribuíram para o acidente, nomeadamente, “a exposição dos motores a elementos corrosivos que aceleraram a degradação das pás do motor”, como “pó, areia, poluição e sal (operação sobre e próximo de ambiente marítimo) devido ao tipo de operação intrínseca”, bem como “ambientes quentes e secos”, além do “elevado teor de enxofre nos combustíveis de aviação a um nível internacional”, cita a TSF.
O acidente aconteceu em julho de 2014, na zona de Camarate, depois do avião da TAP ter acabado de descolar de Lisboa em direção ao Brasil, libertando detritos que atingiram vidros de carros e casas.
A situação de emergência com 232 passageiros a bordo obrigou a regressar ao aeroporto, sendo preciso esperar 41 minutos no ar e libertar 40 toneladas de combustível.
ZAP

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