quinta-feira, 18 de agosto de 2016

‘Dragão’ acordou tarde e faltou acerto no massacre à Roma

Com o sonho de conviver entre os grandes do futebol europeu, o FC Porto recebeu, esta quarta-feira, a AS Roma no Estádio do Dragão. Felipe (21'), com um autogolo, deu vantagem aos transalpinos, e André Silva (61') igualou partida já no segundo tempo. 'Dragões' terão missão difícil na deslocação a Itália.

Com Adrián López como grande surpresa no ‘onze’ inicial, Nuno Espírito Santo apostou num sistema com dois médios de contenção, que tinha a obrigação de conter os italianos e enderaçar a bola para a linha de três criativos que se apresentava à sua frente. André Silva era a referência no ataque e voltou a fazer das sua.

Foi a Roma que entrou mais forte no encontro e deixou os ‘dragões’ em sobressalto com vários lances de perigo. Casillas foi evitando o golo da Roma com algumas boas intervenções mas, tantas vezes o cântaro vai à fonte que acaba por partir. Foi o que aconteceu no lance do golo. Cruzamento da direita com conta peso e medida para Dzeko, que desvia a bola de cabeça e Felipe acaba por desviar para a própria baliza.

Os italianos, orientados por Spaletti, abriam o marcador perante uma defesa portista algo frágil, que tremia com as constantes bolas colocadas nas suas costas. Mais sagazes na recuperação da bola, rápidos a pressionar e com um meio-campo musculado, a Roma conseguia chegar à vantagem aos 21’.

A partir daqui, os ‘azuis e brancos’ recuperaram o controlo emocional e conseguiram equilibrar o jogo no centro do terreno. Subiram linhas e André Silva deu o primeiro aviso. A criar perigo quase sempre pelas alas, os portistas tinham em Otávio o homem mais irrequieto e Adrián López também se mostrou um jogador transfigurado, muito interventivo na partida.

Quando faltavam três minutos para o intervalo, Vermaelen manchou a sua estreia pelos romanos ao ser expulso. André André pica a bola, André Silva recebe no peito à entrada da área e vê o belga pontapeá-lo no peito, numa tentativa pouco ortodoxa de cortar a bola.

Até ao intervalo os portistas acabaram a controlar a partida, perante uma Roma que saia de forma rápida e perigosa no contragolpe. Em cima dos 45’, ficou por assinalar uma grande penalidade por mão na bola de Palmieri.

No segundo tempo, os ‘dragões’ entraram com o gás todo e chegaram mesmo a marcar por intermédio de Adrián, mas Bjorn Kuipers anulou o lance minutos depois por fora de jogo. O passe de André Silva tabelou na defesa e acabou por chegar ao espanhol quando este já estava adiantado.

Mantinha-se o resultado, mas aos 60’, converteu uma grande penalidade que castigou nova mão de Palmieri. Foi a sua estreia na prova e logo a marcar.

Os homens de Nuno estavam mais rápidos tanto na recuperação da bola como na forma como chegavam à baliza. Poucos toques e bola nas laterais, zona onde a Roma tinha grandes dificuldades.

As oportunidades sucediam-se, com André Silva, Otávio e Adrián a serem os artífices da esperança azul e branca. A Roma estava muito recuada e chegava a ter apenas um homem na frente e ao FC Porto faltava acerto.

O FC Porto controlou todo o segundo tempo e foi superior no contexto geral da partida, mas a Roma foi feliz e acaba por levar um bom resultado para o encontro da segunda mão, em casa, agendado para dia 23 de Agosto


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