Com o sonho de conviver entre os grandes
do futebol europeu, o FC Porto recebeu, esta quarta-feira, a AS Roma no Estádio
do Dragão. Felipe (21'), com um autogolo, deu vantagem aos transalpinos, e
André Silva (61') igualou partida já no segundo tempo. 'Dragões' terão missão
difícil na deslocação a Itália.
Com Adrián López como grande surpresa no
‘onze’ inicial, Nuno Espírito Santo apostou num sistema com dois médios de
contenção, que tinha a obrigação de conter os italianos e enderaçar a bola para
a linha de três criativos que se apresentava à sua frente. André Silva era a
referência no ataque e voltou a fazer das sua.
Foi a Roma que entrou mais forte no
encontro e deixou os ‘dragões’ em sobressalto com vários lances de perigo.
Casillas foi evitando o golo da Roma com algumas boas intervenções mas, tantas
vezes o cântaro vai à fonte que acaba por partir. Foi o que aconteceu no lance
do golo. Cruzamento da direita com conta peso e medida para Dzeko, que desvia a
bola de cabeça e Felipe acaba por desviar para a própria baliza.
Os italianos, orientados por Spaletti,
abriam o marcador perante uma defesa portista algo frágil, que tremia com as
constantes bolas colocadas nas suas costas. Mais sagazes na recuperação da
bola, rápidos a pressionar e com um meio-campo musculado, a Roma conseguia
chegar à vantagem aos 21’.
A partir daqui, os ‘azuis e brancos’
recuperaram o controlo emocional e conseguiram equilibrar o jogo no centro do
terreno. Subiram linhas e André Silva deu o primeiro aviso. A criar perigo
quase sempre pelas alas, os portistas tinham em Otávio o homem mais irrequieto
e Adrián López também se mostrou um jogador transfigurado, muito interventivo
na partida.
Quando faltavam três minutos para o
intervalo, Vermaelen manchou a sua estreia pelos romanos ao ser expulso. André
André pica a bola, André Silva recebe no peito à entrada da área e vê o belga
pontapeá-lo no peito, numa tentativa pouco ortodoxa de cortar a bola.
Até ao intervalo os portistas acabaram a
controlar a partida, perante uma Roma que saia de forma rápida e perigosa no
contragolpe. Em cima dos 45’, ficou por assinalar uma grande penalidade por mão
na bola de Palmieri.
No segundo tempo, os ‘dragões’ entraram
com o gás todo e chegaram mesmo a marcar por intermédio de Adrián, mas Bjorn
Kuipers anulou o lance minutos depois por fora de jogo. O passe de André Silva
tabelou na defesa e acabou por chegar ao espanhol quando este já estava
adiantado.
Mantinha-se o resultado, mas aos 60’,
converteu uma grande penalidade que castigou nova mão de Palmieri. Foi a sua
estreia na prova e logo a marcar.
Os homens de Nuno estavam mais rápidos
tanto na recuperação da bola como na forma como chegavam à baliza. Poucos
toques e bola nas laterais, zona onde a Roma tinha grandes dificuldades.
As oportunidades sucediam-se, com André
Silva, Otávio e Adrián a serem os artífices da esperança azul e branca. A Roma
estava muito recuada e chegava a ter apenas um homem na frente e ao FC Porto
faltava acerto.
O FC Porto controlou todo o segundo
tempo e foi superior no contexto geral da partida, mas a Roma foi feliz e acaba
por levar um bom resultado para o encontro da segunda mão, em casa, agendado
para dia 23 de Agosto
noticiasaominuto.
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