O debate para a investidura de Mariano Rajoy como presidente do novo governo espanhol será realizado a 30 de Agosto, informou esta quinta-feira a presidente do Congresso de Deputados.
Esta tarde, o líder do partido de centro-direita, Albert Rivera, após o final da reunião com Mariano Rajoy, no Congresso, anunciou que o presidente do governo espanhol em funções aceitou as condições impostas pelo partido Ciudadanos e que iria falar ainda hoje com a presidente do Congresso, Ana Pastor, para que fosse definida uma data para a investidura.
Entretanto, foi anunciado por Ana Pastor que o debate para a investidura de Mariano Rajoy como presidente do novo governo espanhol será realizado a 30 de Agosto.
Esta data pressupõe, caso a investidura de Mariano Rajoy fracasse e passem dois meses sem que nenhum candidato seja escolhido, que as terceiras eleições gerais em Espanha num espaço de um ano seriam realizadas no dia de Natal, 25 de dezembro, segundo referiu a agência noticiosa espanhola EFE.
Albert Rivera afirmou esta tarde, em conferência de imprensa, que os porta-vozes do Partido Popular (PP, direita) e do Ciudadanos (centro-direita) assinaram o pacto anti-corrupção para desbloquear a situação política, o qual contempla as seis medidas apresentadas pelo Ciudadanos para o início das negociações para a investidura.
"Hoje demos um passo que qualificá-lo-ia de decisivo para formar governo e para que não se repitam eleições", afirmou o líder do Ciudadanos.
Após afirmar que as equipas negociadoras do PP e dos Ciudadanos para iniciar as conversações com vista à investidura vão ser nomeadas já na sexta-feira, o líder do PP insistiu: "Hoje estou na disposição de ir à sessão de investidura".
As seis condições do Ciudadanos
- Separação imediata de qualquer cargo público, a alguém que seja acusado de corrupção, até à resolução completa do processo.
- Fim dos "aforamientos" dos políticos (tratamento judicial especial dado aos políticos em Espanha, que não são julgados por instâncias inferiores).
- Nova lei eleitoral que permita aos eleitores ter maior influência na eleição, maior proporcionalidade, e eliminar a lei do "voto rogado", que obriga os cidadãos residentes no estrangeiro a depender dos consulados para conseguirem votar.
- Fim dos indultos aos condenados por corrupção política.
- Limitação do mandato do presidente do Governo a um máximo de oito anos ou dois mandatos.
- Compromisso de transparência e criação de uma comissão parlamentar para investigar o "Caso Bárcenas" (relativo a suspeitas de financiamento ilegal do PP).
TSF
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