A candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton, está 11 pontos percentuais à frente do republicano Donald Trump na corrida eleitoral para a presidência dos Estados Unidos.
Segundo uma sondagem, elaborada pela rede de televisão norte-americana NBC News, em parceria com The Wall Street Journal, divulgada este domingo, Hillary reúne 48% da preferência do eleitorado contra 37% de Trump. As eleições são no dia 8 de novembro.
O distanciamento de Hillary em relação a Trump ocorre a três dias do terceiro debate ente os dois candidatos, marcado para quarta-feira, em Las Vegas, no estado de Nevada. O debate será a última oportunidade de Trump recuperar eleitores.
Há duas semanas, todas as sondagens mostravam uma pequena margem de diferença entre os dois candidatos.
Porém, a divulgação de um vídeo de 2005, em que Trump faz comentários ofensivos em relação às mulheres, e o surgimento de vários relatos de mulheres que disseram ter sido assediadaspelo candidato, em períodos que variam entre há 7 e 30 anos atrás, provocaram a queda do apoio ao republicano.
Diante dos resultados das novas sondagens, Donald Trump intensificou os comentários nas redes sociais que colocam em dúvida a integridade do processoeleitoral norte-americano.
Em mensagem publicada este domingo no Twitter, Trump disse que “as eleições estão a ser manipuladas pela imprensa desonesta, favorecendo Hillary Clinton. Isso é mau”.
O comentário foi feito depois de o governador do Indiana, Mike Pence, que concorre a vice-presidente com Trump, ter dado uma entrevista ao programa Meet the Press, da NBC News, com expressões conciliadoras sobre os rumos da eleição norte-americana.
Pence disse que Trump “vai aceitar com certeza o resultado da eleição”.
Nos últimos dias, porém, em diferentes comícios, Trump atacou a postura crítica da imprensa, citando especificamente o jornal The New York Times.
Segundo o republicano, esse posicionamento da imprensa faz parte de uma conspiração internacional que tem o objetivo de destruir a democracia americana.
Apesar da posição conciliatória de Pence, dois outros conselheiros de Trump – Newt Gingrich e Rudolph Giuliani – incentivam as críticas radicais do candidato republicano.
Newt Gingrich, ex-presidente da Câmara dos Representantes e Rudolph Giuliani, ex-presidente da Câmara de de Nova Iorque, insinuam que os democratas estão a contabilizar até votos de pessoas que já morreram, para tentar provar o avanço de Hillary Clinton na corrida eleitoral.
O senador republicano Jef Sessions, que representa o estado do Alabama – um dos mais próximos apoiantes de Donald Trump – afirma também que as eleições estão a ser manipuladas.
Alguns políticos republicanos, porém, não partilham dessa visão radical dos conselheiros de Trump.
Um deles, o actual presidente da Câmara de Representantes, Paul Ryan, diz que a democracia americana “depende da confiança no resultado das eleições”.
Paul Ryan “está totalmente confiante de que as eleições serão realizadas com integridade.”
ZAP / Agência Brasil
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