quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

360º - Um mês de Trump: fotos, memes, polémicas e a memória de um reality show revelador

360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
Os serviços secretos estão descontentes com o primeiro-ministro. Segundo o DN, o gabinete de António Costa não informou as secretas da sua viagem à República Centro-Africana e os espiões não gostaram.

Depois de uma semana difícil para o Presidente da República, que teve posições equívocas e hesitantes na polémica da Caixa, faltava saber o que pensa Marques Mendes sobre tudo isto. Soube-se ontem à noite. Para o comentador, que sempre foi próximo de Marcelo, o Presidente “matou politicamente” o ministro das Finanças, Mário Centeno.

O Benfica venceu o Braga por 1-0 e, na crónica do jogo - com o título "Simão divertiu-se, mas quem a levou foi Mitroglou" - o Tiago Palma recupera aquela história que o treinador do Braga usou para comentar a partida.


Informação relevante
Trump chegou à Presidência há um mês, com uma pressa supersónica de fazer coisas e tomar decisões. No Observador, há vários artigos que tentam perceber como tudo correu:

E, passado este mês, mais um problema para Trump. No discurso que fez este fim de semana na Florida, o Presidente justificou as medidas de restrição à imigração com vários atentados em países europeus: referiu a Alemanha, a França -- e a Suécia, onde teria ocorrido algo terrível na véspera. Mas, afinal, o que é que aconteceu na Suécia? Resposta: nada. Entretanto, Trump já se justificou no Twitter: falou na Suécia porque tinha visto uma história sobre o tema (qual?) na Fox News.

Continuam por apanhar os três presos que fugiram da prisão de Caxias, depois de serrarem as grades da janela. Segundo o Governo, as torres de vigia estavam "ativas" na altura da fuga, mas, para a Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional, tudo aconteceu por causa da "dramática falta de guardas prisionais". Segundo o Correio da Manhã, na zona onde estavam os fugitivos só há seis guardas para vigiarem 400 presos.

O Lone Star é o único candidato à compra do Novo Banco e, escreve o Jornal de Negócios, as conversas envolverão agora o Governo e Bruxelas.

PSD e CDS já decidiram que a nova comissão de inquérito à Caixa vai ouvir António Domingues e Mário Centeno, admitem fazer perguntas a António Costa e deixam a salvo Marcelo Rebelo de Sousa. A informação é do Público.


A nossa Opinião
  • Helena Matos escreve sobre o "Pós-polvo": "Todos os dias vemos crescer, qual polvo, dentro do Estado, os tentáculos da ideologia. Na Educação, na Saúde, no Trabalho. Quando a geringonça se desfizer o polvo lá ficará trabalhando para ela".
  • Alexandre Homem Cristo escreve sobre as comissões de inquérito: "Obstruir o escrutínio parlamentar pode salvar o Governo. Mas matar-se-á a legitimidade das regras que enquadram o combate político".
  • Manuel Villaverde Cabral escreve sobre "A conspiração do silêncio": "Se o PS está prisioneiro da sua aliança com os partidos da extrema-esquerda, também estes estão prisioneiros daquilo que o PS for obrigado a fazer para adiar o ajuste de contas com a Zona Euro".
  • Vasco Pulido Valente escreve sobre "o mestre da encrenca": "Com Marcelo em Belém não consigo conceber onde iremos parar. Ou consigo: iremos de encrenca em encrenca até ao desastre final".
  • Alberto Gonçalves escreve sobre a Caixa: "A franca sabotagem da comissão de inquérito prova que a maioria de esquerda assumiu o seu único objectivo: manter o país sob controlo, custe o que custar".
  • Gonçalo Portocarrero de Almada também: "O principal ‘interesse nacional’ é a verdade: nenhum interesse económico, partidário ou pessoal pode legitimar ‘esquemas’ contrários à lei".
  • João Marques de Almeida escreve sobre o Presidente: "A pergunta é: como irá o Presidente reagir a uma grave crise? O que vimos com a CGD não nos deixa tranquilos".
  • Ruth Manus escreve sobre "o alto preço da independência de uma mulher": "É o de ter que viver parcialmente anestesiada, para aguentar o bombardeio diário acerca de cada uma das decisões que tomou".
  • Djaimilia Pereira de Almeida escreve sobre cemitérios: "Os vivos são quem leva a desordem para dentro dos cemitérios, onde as coisas têm o seu lugar numerado".

Os nossos Especiais
“Tenho aprendido muito com o meu AVC. Mas não precisava dele para nada”. Foi a história mais lida este fim de semana no Observador. Numa fascinante entrevista de vida, o psiquiatra Carlos Amaral Dias fala sobre o AVC que lhe virou os dias do avesso.

É urgente simplificar a infância. Quem o defende é Catherine L'Ecuyer, autora do livro Educar na Curiosidade. Em conversa com a Ana Cristina Marques, a investigadora alerta: “As crianças estão a viver como pequenos executivos stressados”.

João Aguardela foi lembrado há dias com um concerto especial. E o Observador aproveitou para recordar a vida do músico que morreu em 2009, aos 39 anos: do atletismo à guitarra, e dos Sitiados à Naifa.


Notícias surpreendentes

Depois da polémica, a exposição "A Cidade Global" chegou ao Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa. O diretor, António Filipe Pimentel, levou o Observador numa visita guiada à Lisboa renascentista. Ora espreite.

No fim de semana, Portugal trouxe mais um Urso de Ouro do Festival de Cinema de Berlim, com a curta-metragem "Cidade Pequena". Diogo Costa Amarante é o jovem realizador que passou da advocacia para o cinema.

O livro "Arte Portuguesa no Século XX" escapa à rotina habitual em publicações do género, escreve o nosso crítico Vasco Rosa - mas também encontra ausências e faltas no livro de Bernardo Pinto de Almeida. Dá-lhe três estrelas.

São 30 disfarces, todos a menos de 30 euros. Se ainda não tratou da máscara de Carnaval do seu filho (como eu o compreendo...), veja as sugestões da Ana Dias Ferreira.

E prepare-se para mais uma semana. Já sabe que vamos estar sempre aqui, quando sentir falta de notícias.
Até já!
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