O suspeito do quádruplo homicídio hoje registado em São Veríssimo, Barcelos, tinha prometido vingar-se dos vizinhos que testemunharam contra ele num processo em que foi condenado por violência doméstica, contou o presidente da junta local.
"Já tinha ameaçado que se vingaria dos vizinhos" que também se recusaram a depor em seu abono, disse o presidente da Junta de Freguesia de São Veríssimo, João Abreu, aos jornalistas.
Em causa está um processo por agressões à filha e à sogra, com um ferro, registadas em março de 2015 e no qual foi, segundo o Jornal de Notícias, condenado numa pena de prisão de três anos e dois meses, suspensa na sua execução.
Desde então, e segundo vários testemunhos hoje recolhidos pela Lusa no local do crime, o homem ameaçou vingar-se quer de quem se recusou a testemunhar em seu abono, quer de quem foi a tribunal dar conta de que presenciou as agressões.
Hoje de manhã matou, “com uma arma branca”, um casal de idosos, ele de 84 anos e ela de 80, uma mulher de 62 anos e outra mulher de 37 anos, grávida de sete meses.
O comandante do destacamento da GNR de Barcelos disse que o homem já confessou os crimes.
As quatro vítimas mortais hoje encontradas em São Veríssimo, concelho de Barcelos, foram esfaqueadas e uma delas foi encontrada na via pública, enquanto as outras três estavam em duas casas, disse à Lusa fonte da GNR.
Inicialmente, a GNR tinha sido informada de três mortes, mas terá sido o presumível homicida quem deu conta de que tinha feito uma quarta vítima, conduzindo as autoridades até à casa da mulher grávida.
O caso passou, entretanto, para a alçada da Polícia Judiciária (PJ).
Cerca de meia centena de pessoas estiveram concentradas nas imediações da Travessa de São Sebastião, freguesia São Veríssimo, tendo a GNR criado um perímetro de segurança.
Indiciado por quatro crimes de homicídio qualificado, o homem está detido nas instalações da PJ de Braga, até ser levado a tribunal para primeiro interrogatório judicial e aplicação das respetivas medidas de coação.
As quatro vítimas mortais hoje encontradas na Travessa de São Sebastião, freguesia de São Veríssimo, foram também já retiradas do local e transportadas para o Instituto de Medicina Legal de Braga.
Sapo
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