O Teatresco - Grupo de Teatro, em colaboração com a Câmara Municipal da Marinha Grande e a Junta de Freguesia de Vieira de Leiria, promove o XV Festiv' Álvaro, entre os dias 1 e 29 de abril, no Cine-Teatro Actor Álvaro, situado no Largo da República, em Vieira de Leiria.
Trata-se de mais uma edição da iniciativa que pretende divulgar o teatro junto da população, disponibilizando espetáculos para públicos e gostos diversificados apresentados por companhias de reconhecida qualidade, de vários pontos de país.
A programação do XV Festiv’Álvaro é a seguinte:
Dia 1 de abril . sábado . 21h30
Peça: “Sombras do absurdo”. M/ 12 anos
Grupo: Grupo Cénico do Sport Operário Marinhense (M. Grande)
Autor: adaptação de obras de Karl Valentim.
Encenação: Francisca Passos Vella
Sinopse:
Pressupomos que a nossa vida quotidiana é uma história totalmente absurda. Esta é a proposta colocada por Karl Valentin ao longo dos seus textos e é essa também proposta em conta nos diversos caminhos desta viagem.
Levando variadas situações para um universo quase que paralelo, entramos em cena, no espaço que gosto de baptizar como "o sótão da avó". O desafio ao espectador é simples: no meio da confusão temos sombras de histórias, representadas pelos objectos que se vão amontoando, no meio destas há sempre uma que nos encanta.
Qual será aquela que o irá encantar?
Propondo aos actores que se deixassem embalar por este mundo, num curto espaço de tempo criamos personagens que tocam as pontas do expressionismo, respeitando o texto pontuado de sátira e bom humor, criando uma barafunda dentro daquilo que é o absurdo.
Dia 8 de abril . sábado . 21h30
Peça: “A farsa de mestre Pathelin”. M/ 12 anos
Grupo: Te-Ato (Leiria)
Autor: Anónimo do sec. XV.
Adaptação e encenação: João Lázaro.
Dia 15 de abril . sábado . 21h30
Peça: “Um clássico”. M/ 12 anos
Grupo: ASTA (Covilhã)
Criação e direcção: Vera Mantero
Sinopse:
O que é um clássico? Partir desta premissa para construir algo que perdure no tempo. Um clássico ou a plasticidade da representação. Um clássico na utilização do som, do movimento, da linguagem e do movimento cíclico que o perpetue na memória. Ingredientes essenciais na construção de uma imagem performativa que nos remete para textos notáveis, desconstruídos e reconstruídos na medida das sensações que queremos transmitir. (…)
Regressar. Às raízes, na busca da origem. De onde tudo começa, da força motriz que nos anima, que nos dá vida e nos traz humanidade. (…)
Construir. Deitar mão à matéria, à pedra, semente intemporal e perene, matéria-prima dos sonhos, de onde o rude se faz som, percussão e melodia.
Vivências de uma aprendizagem simbólica que dá sentido e nome ao real. Apreender o real, o conhecimento, gravado na pedra duradoura e intemporal para que possa ser transmitido e incorporado na memória coletiva.
Transformar real num clássico – o nosso clássico!
Dia 22 de abril . sábado . 21h30
Peça: “As criadas”. M/12 anos
Grupo: Espaço Zero (Tomar)
Autor: a partir do texto de Jean Genet
Encenação: José Conchinha
Sinopse:
Um delito. Pensado, sonhado, ritualizado. Duas criadas congeminam o assassínio da sua patroa, entregando-se deliberadamente a rituais de representação da sua morte, numa amálgama de emoções, fingimento e traição.
Servidão e revolta, hipocrisia e cumplicidade. A morte, a comédia e o sacrifício, o excesso e a contradição, a subtiliza e a brutalidade. Procuramos olhar de fora, para depois entrarmos.
Dia 25 de abril . terça . 16h00 – integrado nas comemorações do aniversário do “25 de Abril”.
Peça: ”A Corcundinha”. M/ 6 anos
Grupo: Teatresco (Vieira de Leiria)
Autor: Pedro Wilson, inspirado num conto do ator e encenador José Boavida.
Encenação: Pedro Wilson
Sinopse:
Trata-se de uma criança igual a tantas outras, inferiorizada por ser diferente – tem uma corcunda! Determinada a resolver o seu problema, sai de casa. Pelo caminho faz novos amigos, todos eles com os respectivos problemas. Será que vão ajuda-la a resolver a situação?
História lúdica e divertida, com muita imaginação, cor, luz e interacção com os espectadores, na qual se sublinha o direito à diferença.
Dia 29 de abril . sábado . 21h30
Título: “Fragmentos de teatro”
Grupo: RefugiActo (grupo de teatro do Centro Português de Refugiados)
Criação: RefugiActo
Direção: Sofia Cabrita.
Sinopse:
Uma linha imaginária que não podia ser mais real: a fronteira. A espera para passar essa linha e o que se encontra do outro lado. Quem somos? De onde viemos? Porque viemos? Quando nos tornamos refugiados é só isso que somos? Um processo em (re)curso, um papel legal, o nosso nome e a nossa nacionalidade não contam a nossa história. Essa, foi-nos roubada por quem nos obrigou a fugir. É preciso recuperá-la e reconstruí-la, com a mesma coragem que triunfou sobre o medo e conseguiu alcançar a liberdade para ser, para pensar, para falar, para amar, para viver.
Sobre o RefugiActo:
O teatro no Centro Português de Refugiados (CPR) surge no âmbito das aulas de Português. Em 2004, nasce o RefugiActo, grupo de teatro constituído por refugiados de diferentes países. Contando com mais de 10 criações originais, o RefugiActo existe até hoje para ser a voz dos refugiados, e tem feito apresentações pelo país e gerado debates e reflexões sobre o universo dos refugiados em Portugal e no mundo.
Pelo RefugiActo já passaram pessoas de muitas nacionalidades.
O Grupo tem beneficiado ao longo destes anos de formação e acompanhamento da parte de profissionais, designadamente de António Revez, Bruno Bravo, Miguel Castro Caldas, Raquel André e Davoud Ghorbanzadeh, Arlindo Horta e Rui P. Garcia.
Desde 2014, o RefugiActo integra uma parte do projeto do CPR Refúgio e Teatro: “ dormem mil gestos nos meus dedos”.
Preço: 3 euros (bilhetes à venda no dia dos espetáculos)
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