A Estufa Grande do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra (JBUC) foi reinaugurada ontem, dia 20 de Março, "após um intenso período de obras de requalificação".
Os trabalhos arrancaram em 2013, a partir de um projeto do arquiteto João Mendes Ribeiro, que procurou preservar as caraterísticas de um dos primeiros exemplos da arquitetura do ferro em Portugal, adequando este espaço às novas tecnologias e necessidades atuais do Jardim Botânico para a preservação da coleção botânica que irá albergar e ao desenvolvimento da investigação científica.
O projeto de requalificação foi reconhecido com vários prémios no último ano, sendo de destacar o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana, na categoria de Melhor Intervenção com Impacto Social.
A coleção de plantas da Estufa foi também renovada, estando neste momento em crescimento e expansão, compreendendo plantas das florestas tropicais de chuva, espécies aquáticas, incluindo o nenúfar-gigante, e plantas tropicais de importância para as sociedades humanas.
O diretor do JBUC, António Gouveia, destaca "a recuperação deste edifício icónico e único em Portugal que, mantendo a sua traça histórica, foi adaptado para potenciar a missão do Jardim Botânico na divulgação do mundo fascinante das plantas e da importância da sua conservação".
Este projeto de grande importância para a preservação do património da Universidade de Coimbra, e que contou com o financiamento do programa QREN/Mais Centro, incluiu ainda a requalificação da plataforma da Estufa, a construção de um edifício de apoio à divulgação da ciência e instalações sanitárias e o melhoramento da eficiência energética das infraestruturas. No total, foram investidos mais de dois milhões de euros.
A construção da Estufa Grande iniciou-se em 1859 e é um dos mais antigos edifícios da arquitetura do ferro em Portugal. A conjugação perfeita entre o ferro e o vidro conferem a este espaço uma beleza invulgar.
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