Programa do canal italiano RAI, emitido em 2015, alertava para o perigo da «criação de um supervírus pulmonar, testado em morcegos e ratos», o novo coronavírus, que originou a covid-19.
Intitulada O Risco do Supervirus, uma reportagem do canal italiano estatal RAI, transmitida há cinco anos, revelou, no decorrer de um programa no qual o apresentador começou por lançar a pergunta «Vale a pena o risco que supõe?» a existência da criação em laboratório de um novo coronavírus. «Sei que é só uma experiência. Mas preocupa-me. Um grupo de chineses inseriu uma proteína proveniente dos morcegos como a do vírus SARS, provocando pneumonias agudas nestes animais e em ratos. E que pode afetar os humanos. Está confinada num laboratório e serve apenas de estudo. Mas vale a pena o risco e a criação de uma ameaça só para analisar um vírus?» Era desta forma que o apresentador iniciava o lançamento da peça jornalística que mostra os cientistas chineses no laboratório.
Na mesma reportagem, é avançado que «o Governo norte-americano suspendeu o financiamento deste estudo científico por considerá-lo perigoso». O laboratório chinês, porém, «não cancelou o trabalho de investigação sobre o SARS». A notícia termina a referir não haver uma opinião unânime sobre os perigos do novo vírus e da sua manipulação em laboratório. «Segundo parte do mundo científico, não é perigoso. A probabilidade de que este vírus passe para a nossa espécie é irrelevante perante os benefícios que pode ter. Há, no entanto, vozes que alertam para que uma espécie deste tipo possa escapar ao controlo do laboratório.»
Texto: Cynthia Valente | WiN Porto
Nenhum comentário:
Postar um comentário